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"Se tiver filho meu metido, será investigado", diz Lula sobre fraudes no INSS

O petista foi questionado sobre a suposta ligação de Fábio Luís Lula da Silva com Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como 'Careca do INSS'

Por Raianne Romão

Lula faz balanço do terceiro ano de governo para a imprensa em Brasília.

Em coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, em Brasília, nesta quinta-feira (18), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que se tiver um filho seu envolvido nas fraudes do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), será investigado. O petista foi questionado sobre a suposta ligação de Fábio Luís Lula da Silva  com Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como 'Careca do INSS'.

"Ninguém ficará livre. Se tiver filho meu metido nisso, ele será investigado. Não é possível admitir, em um país onde milhões de aposentados recebem um salário mínimo, que alguém tente se apropriar do dinheiro do aposentado com promessas falsas", afirmou.

Além disso, o petista afirmou que o governo devolveu aproximadamente R$ 2,7 bilhões para cerca de 4 milhões de aposentados e pensionistas.

Durante o depoimento, ainda foi dito que Lulinha recebia uma mesada de Antônio no valor de R$ 300 mil por mês. Além dos pagamentos, Lulinha teria feito viagens com o 'Careca do INSS', de acordo com as informações que já estão na CPMI do INSS.

Detalhes do esquema

Os descontos indevidos, embora tenham sido iniciados no governo anterior, em 2019, dispararam no governo atual. O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do INSS, o senador Carlos Viana (Podemos-MG), afirmou que ouviu, na comissão, de uma testemunha, sobre uma parceria entre o Careca do INSS e Lulinha, filho de Lula, Fábio, para atuar no Ministério da Saúde.

Além disso, a comissão e a Polícia Federal estão investigando o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical (Sindnapi), do qual o irmão de Lula, José Ferreira da Silva, mais conhecido como Frei Chico, é vice-presidente.

A investigação da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU) estima que as associações desviaram cerca de R$ 6,3 bilhões de aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024.

Veja a coletiva