"A palavra ‘eleição’ não está no meu vocabulário", diz João Campos sobre campanha antecipada
Provável candidato do PSB para o governo de Pernambuco em 2026, o prefeito João Campos foi questionado sobre antecipação das eleições
Questionado sobre as alianças para a campanha eleitoral de 2026 em entrevista ao Diario de Pernambuco nesta sexta-feira (12), o prefeito do Recife, João Campos (PSB), afirmou que a palavra “eleições” não está em seu vocabulário, e que não está antecipando o pleito.
Apesar de ainda não ter sido lançado oficialmente como pré-candidato ao governo do estado, João é o nome considerado por aliados para encabeçar a chapa contra a governadora Raquel Lyra (PSD). Ele também tem feito agendas acompanhado de pré-candidatos ao Senado que apoiam sua possível candidatura.
“Vocês não me vêem falando de eleição. É uma palavra que praticamente não está no meu vocabulário, não está na minha agenda. Estou fazendo meu dever de casa como prefeito, servindo, trabalhando”, declarou o prefeito.
Perguntado se seu discurso em Cupira, no último domingo (7), quando disse que havia uma expectativa em Pernambuco de ter alguém com “coragem de resolver os problemas”, teria cunho eleitoral, Campos se limitou a dizer que “estava falando de partido, é diferente”.
De acordo com o prefeito, que também é presidente nacional do PSB, ele tem “trabalhado ao extremo nas noites, madrugadas e finais de semana para dar conta do partido”. Ele defende que seu cargo traz benefícios para o Recife.
“A partir do momento que você tem força política e direciona para aquilo que é certo, é claro que é bom para o Recife, é muito fácil você andar em Brasília e conseguir coisas boas. Faz toda a diferença”, declarou.
“E eu tenho muita confiança na relação construída com o presidente Lula. Eu fui o primeiro presidente nacional de partido a declarar apoio a ele. Não é uma relação de oportunidade, de estar sem se posicionar, chegar na véspera de uma eleição e correr para tirar uma foto e fazer fala”, disparou.
A fala pode ser observada como uma indireta à governadora Raquel Lyra (PSD), que desde o ano passado se aproxima do presidente Lula e do PT, mas sem declarações de apoio oficiais. Os petistas dependem de uma manifestação de Lyra para negociar uma aliança.