Ramos culpa gestão de Yves por prejuízo no PreviPaulista e contrata advogados para cuidar do caso
De acordo com a Prefeitura de Paulista, o invesimento no Banco Master foi feito na gestão de Yves Ribeiro, ex-prefeito da cidade
O Instituto de Previdência Social do Município do Paulista (PreviPaulista) está entre os 18 fundos previdenciários que viram os recursos aplicados no Banco Master serem pulverizados, com a liquidação extrajudicial do Grupo Master.
Em nota enviada à imprensa, o prefeito Ramos (PSD) informou que a operação nas Letras Financeiras foi feita na gestão do antecessor Yves Ribeiro, inclusive, à revelia da governança interna. Ramos avisou que a Prefeitura de Paulista contratou escritório de advocacia especializado para adotar todas as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis.
Além do instituto Paulista, outras 17 entidades confiaram no Master para aplicar seus recursos, totalizando em mais de R$ 1,8 bilhão. O Fundo Garantidor de Créditos poderá cobrir parte do prejuízo, porém os fundos de pensão não têm essa proteção.
Ramos ressalta que as aplicações foram realizadas em fevereiro de 2024, sob responsabilidade do ex-diretor Luiz Augusto da Silva Junior. “As auditorias iniciais apontam que o investimento foi realizado à revelia da governança interna, contrariando parecer da consultoria de investimentos contratada à época e sem a devida aprovação do Comitê de Investimentos”, diz a nota de Paulista.
“Diante da gravidade dos fatos, a gestão do Prefeito Ramos, artavés da diretora-presidente Giovanna Cordeiro, realizou a contratação de escritório de advocacia especializado para adotar todas as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis. O objetivo é responsabilizar os envolvidos e buscar a recuperação dos valores. Paralelamente, foi ativado um plano de contingenciamento para mitigar quaisquer danos ao patrimônio do Instituto e melhorias no processo interno de investimentos”, diz o texto.
De acordo com a Prefeitura, o PreviPaulista já está adotando medidas validadas juridicamente para habilitar seus créditos e buscar, em todas as instâncias, a reparação dos valores e a responsabilização dos agentes causadores.
“Por fim, asseguramos a todos os servidores, aposentados e pensionistas que não há risco de descontinuidade nos pagamentos. O patrimônio líquido do Instituto é robusto e mais do que suficiente para absorver o impacto enquanto as medidas judiciais seguem seu curso”, conclui a nota da Prefeitura de Paulista.