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Conselho de enfermagem promove ato contra vereador Eduardo Moura

Vereador do Recife, Eduardo Moura é acusado pelo Conselho Regional de Enfermagem de Pernambuco de expor e desrespeitar profissionais de enfermagem durante uma fiscalização

Por Guilherme Anjos

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O vereador do Recife Eduardo Moura (Novo) será alvo de um ato de desagravo promovido pelo Conselho Regional de Enfermagem de Pernambuco (Coren-PE). Ele é acusado de ter desrespeitado profissionais do setor durante uma fiscalização na policlínica e maternidade Professor Barros Lima, em março deste ano.

O ato acontece na próxima segunda-feira (6), na própria unidade de saúde onde ocorreu a fiscalização, no bairro de Casa Amarela, Zona Norte do Recife. De acordo com o Coren, o objetivo do desagravo é “reafirmar a dignidade, honra e autoridade técnica dos profissionais de enfermagem afetados”.

O Diario de Pernambuco entrou em contato com a equipe do vereador Eduardo Moura para se posicionar sobre a manifestação, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria. Ele foi convocado pelo Coren a comparecer ao ato.

A fiscalização de Moura na policlínica Professor Barros Lima, transmitida ao vivo, por meio de suas redes sociais, aconteceu no dia 16 de março, durante um plantão na unidade.

O Coren alega que o vereador não tinha autorização para filmar os funcionários, pacientes e acompanhantes presentes, e não atendeu aos pedidos para encerrar a gravação. O conselho afirma ainda que, segundo relatos, Moura teria adotado uma “postura ameaçadora e irônica, constrangendo e coagindo a equipe de enfermagem, comprometendo o ambiente de trabalho e a continuidade do atendimento em momentos críticos”.

Em nota, a entidade apontou que apesar do vereador ter prerrogativa para a fiscalização, houve “abuso de autoridade” na abordagem, “ultrapassando os limites legais e éticos da atuação parlamentar”. Uma denúncia foi formalmente apresentada ao Coren e resultou na abertura de boletim de ocorrência policial.

À época, o Eduardo Moura afirmou na Câmara Municipal que a fiscalização foi motivada por uma denúncia de falta de médicos na policlínica. O vereador alega que apenas dois dos quatro profissionais da unidade estavam presentes, e pacientes estavam sendo mandados embora por falta de capacidade de atendimento.

Ainda, o parlamentar disse que deu voz de prisão a uma das médicas. Eles foram à delegacia e ambos registraram boletins de ocorrência. Ele também relatou que as folhas de ponto dos médicos já estavam assinadas durante todo o mês de março, apesar de ainda restar uma quinzena até o fim do mês.