João Campos diz que PSB vai dar "100% dos votos contra a PEC da Blindagem" no Senado
João Campos, que é presidente nacional do PSB, também afirma não ter orientado a bancada do partido na Câmara
Em meio a uma série de protestos marcados em todo o país, o prefeito do Recife, João Campos (PSB), publicou vídeo, neste domingo (21), em que declara ser “totalmente contrário” à anistia e à PEC da Blindagem. Na capital pernambucana, o ato está previsto para acontecer na Rua da Aurora, no Centro, a partir das 14h.
No post, João Campos, que é presidente nacional do PSB, também afirma não ter orientado a bancada do partido na Câmara, que aprovou a PEC da Blindagem na semana passada. De acordo com o prefeito, a legenda será “100%” contrária à proposta no Senado.
Na última terça-feira (16), os cinco deputados federais pernambucanos pelo PSB – Pedro Campos, Felipe Carreras, Eriberto Medeiros, Guilherme Uchoa e Lucas Ramos – votaram a favor da PEC. Segundo o prefeito, a bancada decidiu de forma interna pela liberação da proposta “por entender que seria necessário para derrotar a anistia”, cuja urgência, no entanto, também acabou aprovada.
“Hoje é um dia de mobilização e quero deixar meu posicionamento claro. Sou totalmente contrário à PEC da Blindagem”, disse João Campos. “Não votei e não orientei a bancada do PSB na Câmara, que naquele momento optou pela liberação por entender que seria necessário para derrotar a anistia.”
Na publicação, o prefeito afirma, ainda, que se posicionou “contra qualquer ideia de proteger presidentes de sigla”, cargo que ocupa atualmente. “O PSB já votou contra este absurdo no Congresso”, declarou.
“Já falei com o líder do Senado, o senador Cid Gomes, e no Senado, de forma unânime, nós vamos dar 100% dos votos contra a PEC da Blindagem”, disse. “Eu sou contra a PEC da blindagem e sou totalmente contrário à anistia e tenho certeza que essa é uma posição que também contempla o nosso partido”.
PEC da Blindagem
A PEC de número 3/2021, ou apenas PEC da Blindagem ou das Prerrogativas, foi aprovada com 344 votos favoráveis e 133 contrários. A proposta busca dificultar o andamento de processos criminais contra deputados e senadores, incluindo, também, a execução de mandados de prisão.
Após a repercussão negativa do voto, o deputado Pedro Campos, líder da legenda no Congresso, também publicou vídeo em que admitiu ter errado na orientação e disse que entraria com mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar anular as decisões tomadas pela maioria dos deputados.