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Papa Leão XIV se reúne pela primeira vez com presidente palestino

Encontro entre o papa Leão XIV o presidente da palestina, Mahmud Abbas acontece em contexto humanitário ainda precário em Gaza

Por AFP

Esta foto, tirada e divulgada em 6 de novembro de 2025 pela Mídia do Vaticano, mostra o Papa Leão XIV durante um encontro com o presidente palestino Mahmoud Abbas no Vaticano. (Foto: Divulgação / Mídia do Vaticano / AFP)

O papa Leão XIV se encontrou pela primeira vez nesta quinta-feira (6) com o presidente palestino, Mahmud Abbas, em um contexto humanitário ainda precário em Gaza, quase um mês após o início de uma trégua nesse território devastado pela guerra.

O líder palestino chegou ao Vaticano no final da manhã para uma audiência privada no palácio apostólico, a primeira presencial desde a eleição do pontífice americano-peruano em maio. Ambos haviam mantido uma conversa telefônica em julho.

A visita ocorre quase um mês após o início de um frágil cessar-fogo na Faixa de Gaza entre Israel e o Hamas, após dois anos de conflito desencadeado pelo ataque desse movimento islamista em 7 de outubro de 2023.

A ONU continua pedindo a Israel que abra as passagens fronteiriças para o território, onde os habitantes enfrentam uma grave escassez de água e alimentos.

Abbas é o presidente da Autoridade Palestina, que exerce controle limitado sobre a Cisjordânia ocupada. Seu movimento político, Fatah, é rival do Hamas, que controla Gaza desde 2007.

Na quarta-feira, pouco depois de sua chegada à capital italiana, o líder palestino dirigiu-se à basílica de Santa Maria Maior para rezar diante do túmulo do papa Francisco, falecido em abril, e depositar flores.

"Vim vê-lo porque não posso esquecer o que ele fez pelo povo palestino", disse aos jornalistas, em referência ao pontífice argentino.

Durante os últimos meses de seu pontificado, Jorge Mario Bergoglio endureceu suas declarações contra a ofensiva israelense, o que provocou tensões diplomáticas.

Seu sucessor tem mostrado até agora posições mais moderadas: expressou solidariedade com a "terra martirizada" de Gaza e denunciou o deslocamento forçado dos palestinos, ao mesmo tempo que afirmou que a Santa Sé não pode se pronunciar sobre se está sendo cometido um "genocídio" no território palestino.