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Lula apela para que Itália e França assinem acordo Mercosul-UE

Presidente brasileiro comentou não haver sentido na resistência de produtores rurais franceses em relação ao acordo porque os produtos da agricultura da França não competem com os do agro brasileiro

Por Francisco Artur de Lima - Correio Braziliense

O presidente também comentou não haver sentido na resistência de produtores rurais franceses em relação ao acordo porque os produtos da agricultura da França não competem com os do agro brasileiro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou, nesta terça-feira (16/12), que líderes de países como a França e a Itália apoiem a assinatura do acordo entre o Mercosul e a União Europeia, prevista para ocorrer no próximo sábado (20/12), durante a Cúpula do Mercosul, em Foz do Iguaçu, no Paraná.


“Eu espero que o meu amigo (Emannuel) Macron e a primeira-ministra da Itália (Giorgia Meloni) assumam a responsabilidade e que no sábado, após fazer a reunião do Mercosul, com a participação da União Europeia, eu espero que tragam a boa notícia de que vão assinar o acordo e que não vão ter medo de perder competitividade”, disse Lula, em discurso na cerimônia da reunião do Conselho de Participação Social, no Palácio do Planalto.


O presidente também comentou não ver sentido na resistência de produtores rurais franceses em relação ao acordo porque os produtos da agricultura da França não competem com os do agro brasileiro.

“O presidente (da França) Macron está muito preocupado com os produtores rurais franceses, que acreditam que vão perder competitividade na disputa com o Brasil. Eles não querem fechar o acordo agora porque a população está meio rebelde na França”, completou.

O presidente brasileiro também afirmou já ter comunicado a Macron que os produtos do agro francês não competem com os do agro brasileiro. “Na verdade, são coisas diferentes, qualidades diferentes. E nós estamos cedendo mais do que eles (no acordo)”, completou.


No parlamento europeu, uma minoria significativa que representa países como França, Itália e Polônia posicionam-se de forma relutante ao acordo entre o Mercosul e a União Europeia.

Os eurodeputados aprovaram, nesta terça (16/12), por 431 votos a 161, uma série de medidas que prevêem mecanismos de salvaguarda para o setor agrícola, que é um dos mais insatisfeitos com esse processo.


Produtos mais sensíveis, como carne bovina, aves e açúcar, serão supervisionados e, caso seja constatado um desequilíbrio prejudicial de mercado, a UE poderá aplicar tarifas adicionais.

Enquanto uma minoria no parlamento europeu repudia o acordo entre Mercosul e UE, países como Alemanha e Espanha defendem que o acordo beneficiará as exportações europeias, afetadas pelas tarifas comerciais dos Estados Unidos.

 

Confira as informações no Correio Braziliense.