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Pix já movimentou 28 trilhões este ano

Método criado para facilitar as transações financeiras completou cinco anos como sendo o principal meio de pagamento dos brasileiros

Por Agência Brasil e Estadão Conteúdo

Pix

O Pix completou cinco anos no último dia 16 como o principal método de pagamento do país. Lançado pelo Banco Central em novembro de 2020, o meio de pagamentos digital movimentou R$ 26,4 trilhões no ano passado. Isso equivale a quase duas vezes o produto interno bruto (PIB) do Brasil em 2024. Neste ano, de acordo com o Banco Central, foram R$ 28 trilhões em transações via Pix até outubro.

O diretor de organização do sistema financeiro e resolução do Banco Central, Renato Gomes, avaliou em uma transmissão online que a plataforma incluiu mais pessoas no sistema bancário. “Por um lado, teve essa redução de custo de distribuição de dinheiro. Por outro lado, teve, vamos dizer assim, esse aumento da fatia de clientes e do consumo dos clientes e, obviamente, como o Pix trouxe muita concorrência com o sistema de pagamentos, acabou havendo uma redução de tarifas assim”, disse.

O Pix foi criado primeiramente para facilitar transações entre pessoas com transferências instantâneas. Com o tempo novas funcionalidades foram adicionadas. Como o Pix, cobrança, que faz o papel do boleto, e o Pix automático, que equivale ao débito automático. Dados recentes mostram que 170 milhões de adultos e mais de 20 milhões de empresas usam o Pix.

ECONOMIA
Segundo levantamento elaborado pelo Movimento Brasil Competitivo (MBC), em cinco anos, o Pix possibilitou uma economia direta de R$ 117 bilhões para consumidores e empresas no Brasil. Somente entre janeiro e setembro de 2025, foram R$ 38,3 bilhões economizados - valor superior ao registrado ao longo de todo o ano de 2024, de R$ 33 bilhões.

De acordo com o estudo, o resultado é impulsionado por dois movimentos complementares: a queda consistente das TEDs e a migração crescente das transações de pessoas para empresas (P2B) para o Pix, cuja tarifa é significativamente menor do que à do débito.

Os dados indicam que o montante financeiro economizado com a criação do Pix tem evoluído ano após ano. Passou de R$ 11,9 bilhões em 2021 para R$ 18,2 bilhões em 2022 e para R$ 24,6 bilhões em 2023. O MBC observa, no entanto, que o resultado atual, de R$ 38,3 bilhões, está próximo do potencial anual do sistema, de R$ 40,1 bilhões, que originalmente era estimado para ser alcançado apenas em 2030.

AVALIAÇÃO
“Esse comportamento reforça a magnitude da adoção, mas também indica um cenário em que parte dos ganhos provenientes da simples substituição dos meios tradicionais tende a se estabilizar”, diz a avaliação do MBC. Ainda segundo as MBC, cada operação realizada via Pix evita, em média, cerca de R$ 0,60 em custos ao sistema financeiro.

A metodologia do levantamento compara quanto o País teria demandado se TEDs e operações de débito permanecessem predominantes e aplica essa diferença ao volume real de transações via Pix. Os cálculos utilizam dados do Banco Central e são baseados nas séries acumuladas em 12 meses, para evitar distorções sazonais.