FMI anuncia que o Brasil crescerá 2,4% em 2025
Percentual é menor que 2024, quando o país cresceu 3,4%. Para 2026, previsão é de redução em relação a este ano, com crescimento de apenas 1,9%
O Brasil crescerá um pouco mais do que o esperado, de 2,4%, em 2025, anunciou, na última semana, o Fundo Monetário Internacional (FMI) em seu relatório de Perspectivas da Economia Mundial (WEO, na sigla em inglês). A cifra é menor que em 2024, quando o país cresceu 3,4%. Para 2026, a expectativa é de um número ainda menor: 1,9%.
"As condições externas se tornam mais desafiadoras e, em alguns casos, o impulso interno está desacelerando. Por exemplo, no Brasil, estão surgindo sinais de moderação em meio a políticas monetárias e fiscais rigorosas", explicou o relatório.
A América Latina e o Caribe também devem crescer 2,4% em 2025, sem alterações em relação ao ano passado, um número “estável” apesar da ameaça das tarifas americanas. “A previsão para 2025 foi revista para cima em 0,4 ponto percentual em relação a abril devido às tarifas mais baixas do que o esperado para a maioria dos países e a dados mais robustos do que o esperado”, indicou o texto do WEO, referindo-se ao dado regional.
A revisão para cima "se deve em grande parte ao México, que deve crescer 1% em 2025, 1,3 ponto percentual a mais" do que o projetado em abril.
Para a região, o crescimento mais destacado é o da Argentina, apesar de suas dificuldades financeiras atuais, com impressionantes aumento de 4,5% em relação à contração de -1,3% registrada em 2024. A Colômbia crescerá 2,5%, o Chile 2,5% e o Peru 2,9%; o Registrador do Equador será 3,2%, a Bolívia 0,6%, o Uruguai 2,5%, o Paraguai 4,2% e a Venezuela 0,5%.
“O ano de 2025 foi fluido e volátil, com grande parte da dinâmica impulsionada por uma reorganização das prioridades políticas nos Estados Unidos e a adaptação de políticas nas demais economias às novas realidades”, explicou o relatório. “O comércio dominou as manchetes e, junto com ele, as perspectivas percebidas para a economia global flutuaram”, acrescentou.
Banco Mundial
De acordo com o Banco Mundial, organização financeira internacional que faz parte do sistema das ONU, a América Latina e o Caribe têm o ritmo mais lento entre as regiões globais. Entre as explicações, os especialistas da instituição apontam questões externas e internas.
Nas externas, estão a desaceleração da economia global e queda no preço de commodities (matérias-primas comercializadas em grande escala e preços internacionais). Países como o Brasil, Chile, Venezuela e Bolívia são grandes exportadores de commodities. No cenário interno, os economistas apontam a política monetária (combate à inflação), que funciona como um freio na economia.