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Inflação medida pelo IPCA-15 avança 0,48% em setembro, e Recife tem maior variação

Alta foi puxada principalmente pelo grupo Habitação, após reajustes em energia elétrica; Recife registrou variação mais expressiva. Índice acumulado em 12 meses chega a 5,32 por cento

Por Diario de Pernambuco

A energia elétrica subiu 12,17 por cento em setembro, após queda no mês anterior

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,48% em setembro, informou nesta quinta-feira (25) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Entre as regiões pesquisadas, todas mostraram alta em setembro. Recife teve a maior variação, de 0,80%, influenciada pela energia elétrica e pela gasolina, enquanto Goiânia registrou a menor, de 0,10%, refletindo quedas nos preços de combustíveis e alimentos.

O resultado representa aceleração frente a agosto, quando houve recuo de 0,14%, e também supera a taxa de 0,13% observada no mesmo mês do ano passado. Com isso, a inflação acumulada no ano atinge 3,76% e, no acumulado em 12 meses, chega a 5,32%.


Energia elétrica
A principal pressão veio do grupo Habitação, com avanço de 3,31% e impacto de 0,50 ponto percentual no índice. O item energia elétrica residencial foi o destaque, ao subir 12,17% em setembro após queda no mês anterior. O fim da devolução do Bônus de Itaipu e a adoção da bandeira tarifária vermelha patamar 2, em vigor desde 1º de setembro, pesaram sobre o resultado. Também contribuíram reajustes nas tarifas em Belém e no serviço de água e esgoto em Salvador, além de variações no gás encanado em Curitiba e Rio de Janeiro.


Alimentação recua
Em contrapartida, o grupo Alimentação e bebidas caiu 0,35%, quarta retração consecutiva. O recuo foi puxado por alimentos consumidos em casa, como tomate (-17,49%), cebola (-8,65%), arroz (-2,91%) e café moído (-1,81%).


Já as frutas subiram, em média, 1,03%. Fora do domicílio, a alta foi de 0,36%, abaixo do registrado em agosto (0,71%).

 

 

Demais itens
Outros grupos apresentaram variações moderadas: Vestuário avançou 0,97%, impulsionado por roupas femininas e calçados, enquanto Saúde e cuidados pessoais subiu 0,36%, com impacto dos planos de saúde.


Transportes recuaram 0,25%, com quedas no seguro de veículos e passagens aéreas, apesar de aumentos em diesel e etanol.


O IPCA-15 utiliza a mesma metodologia do índice oficial de inflação, o IPCA, mas a coleta de preços ocorre entre os dias 15 do mês anterior e 15 do mês de referência. O indicador abrange famílias com renda entre 1 e 40 salários mínimos nas principais regiões metropolitanas do país, além de Goiânia e Brasília.