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Governo de Pernambuco estuda impactos do tarifaço e anuncia frentes de trabalho

Possíveis impactos do tarifaço nos setores produtivos do estado ainda estão em análise para tomada de medidas emergenciais

Por Thatiany Lucena

Secretário da Fazenda do estado, Wilson de Paula

O governo do estado estuda os impactos do tarifaço nos setores produtivos do estado com as recentes mudanças do tarifaço no Brasil. A medida, que entrará em vigor no dia 6 de agosto, deve afetar as exportações de manga e uva do Vale do São Francisco e da cana-de-açúcar em Pernambuco.

Em nota divulgada ontem, o governo estadual afirmou que irá atual “em três principais frentes”. “A primeira é a disponibilização, via Banco do Nordeste do Brasil (BNB), de linhas emergenciais de crédito para os setores diretamente afetados, com condições especiais de carência, prazos e taxas”, informou. Serão ainda adotadas medidas compensatórias que incluem “incentivo à diversificação de mercados internacionais, a facilitação de acesso a países parceiros e políticas de apoio à exportação” e realizada a “proteção e promoção dos interesses dos setores produtivos do Nordeste brasileiro na interlocução com os Estados Unidos”.

Além disso, a governadora Raquel Lyra irá participar, ainda de acordo com o texto, da reunião dos governadores com o vice-presidente Geraldo Alckmin na próxima terça, em Brasília.

O secretário da Fazenda do estado, Wilson José de Paula, afirmou ontem que ainda não é possível mensurar quanto Pernambuco perderá com a aplicação do tarifaço.

“Teremos uma reunião em Brasília com o governo federal e a governadora estará presente, representando os interesses do estado. A partir disso é que teremos um cenário da efetiva implementação da taxa dos EUA. Sabemos da nossa responsabilidade nesse processo, mas devemos trabalhar em conjunto com o governo federal para poder fazer o enfrentamento dessa questão”, disse o secretário.

Sobre as possíveis medidas emergenciais do estado, o secretário avalia que ainda é cedo para detalhar medidas. Wilson de Paula destaca ainda que está na pauta do governo a análise dos dados de vendas dos produtos que serão exportados para os Estados Unidos e qual a capacidade do mercado interno.

“Vamos ter que avaliar o pescado ainda, item que ainda não temos o cenário, mas estamos com nesse horizonte de avaliar os principais produtos produzidos aqui, açúcar, manga e uva”, exemplifica.

 

FRUTAS


Em nota, a Associação Brasileira de Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) afirma que seguirá acompanhado as negociações entre os governos dos dois países com a expectativa de um acordo que mantenha o mercado americano atrativo para as frutas brasileiras.

A Abrafutras também afirma que continua apoiando os seus associados na interlocução com os importadores americanos e com o governo brasileiro na busca de medidas que possam mitigar prejuízos.