Luzes piscando, gritos e correria: saiba como foi a explosão na Esplanada
Trabalhadores do prédio relataram momentos de tensão após estrondo. Seis pessoas foram encaminhadas ao hospital
O cheiro de fumaça ainda toma conta da entrada do Ministério da Igualdade Racial. Na manhã desta terça-feira (25/9), trabalhadores do prédio foram surpreendidos com uma explosão ocorrida no subsolo, durante a manutenção de uma subestação de energia. Segundo o Corpo de Bombeiros, 27 pessoas receberam atendimentos, das quais seis foram encaminhadas ao hospital. Destas, três estão em estado grave.
"Foi desesperador. Estávamos trabalhando normalmente, quando as luzes começaram a piscar e apagaram. Ouvimos uma explosão e os colegas começaram a gritar para deixarmos o prédio. Quando chegamos nas escadas, a fumaça já tinha tomado conta. Era difícil respirar e enxergar", conta a funcionária Deith Soares, 49 anos, que trabalha no Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, que fica no mesmo prédio.
Ainda com os olhos marejados, Deith, que estava no terceiro andar, diz sentir a garganta queimando, ânsia de vômito e muita tosse. "Uma colega chegou a desmaiar, mas foi socorrida pelos bombeiros", relata. A funcionária destaca que a equipe não teve, anteriormente, qualquer tipo de treinamento para situações de urgência como esta. "Um colega foi ajudando o outro como podia. Foi um momento de pânico, com gente pedindo para correr o mais rápido possível, mas era impossível porque, numa situação desta, tem que se respeitar o fluxo", acrescenta. Não haverá mais expediente no Ministério, que segue interditado.
Quem também ainda se recupera do susto é a copeira Eldina Ferreira, 57, que desceu do prédio após orientações dos brigadistas. Ela estava no quarto andar quando escutou a explosão. "Ainda não entendi direito o que aconteceu. Só sei que foi terrível. Algumas colegas passaram mal com a pressão alta. Senti muita dor de cabeça e a garganta ficou ruim", relata.