Minissérie documental resgata trajetória icônica da Nação Zumbi
Primeiro episódio de 'Nação Zumbi: No Movimento das Marés' vai ao ar hoje, no Canal Brasil, às 19h30
A trajetória inesquecível de uma das mais influentes bandas é agora relembrada para o público com a série documental Nação Zumbi: No Movimento das Marés, que parte dos primórdios do Manguebeat, com a liderança de Chico Science, e segue até os dias atuais. Com direção da dupla Aquiles Lopes e Leo Crivellare, a obra possui quatro episódios (cada um com 25 minutos) e o primeiro vai ao ar nesta sexta, no Canal Brasil, às 19h30.
Hoje integrada por Jorge Du Peixe (vocal), Dengue (baixo), Toca Ogan (percussão), Marcos Matias e Da Lua (tambores), Tom Rocha (bateria) e Neilton Carvalho (guitarra), a Nação Zumbi narra em primeira pessoa toda a sua história. Ex-integrantes como Lúcio Maia também participam dos depoimentos, assim como outros músicos, produtores, fãs de distintas gerações e jornalistas. Entre eles, Charles Gavin, Edgard Scandurra, Frejat, Marcelo D2, Lorena Calábria e Arthur Dapieve discorrem sobre a força criativa que tornou o grupo parte tão significativa da identidade pernambucana.
Hoje, Amanhã e Depois é o nome do episódio que vai ao ar hoje, trazendo o surgimento da banda, o Manifesto do Manguebeat, o sucesso nos principais festivais nacionais e internacionais e as aparições na TV. O trágico acidente de carro que vitimou Chico Science, aos 30 anos, em 1997, também é abordado nessa estreia da série.
Nos episódios seguintes de Nação Zumbi: No Movimento das Marés, que serão exibidos sempre às sextas, são abordados o retorno da banda após a perda de Chico, os discos de grande sucesso já no século 21, como Nação Zumbi (2002), Futura (2005), Fome de Tudo (2007), NZ (2014) e Radiola NZ (2017), este último com releituras de Marvin Gaye, Tim Maia, Secos & Molhados e Beatles.
O trabalho de composição da Nação Zumbi, a influência da cultura popular pernambucana nas suas músicas, a diversidade rítmica e as parcerias construídas ao longo das três décadas de estrada estão entre os assuntos trazidos ao longo do projeto. Uma trajetória como essa só se torna mais valiosa a cada ano.
Em entrevista ao Viver, o diretor Leo Crivellare destacou como suas memórias musicais da banda influenciaram na produção. "Eu e Aquiles vivenciamos o Movimento Mangue de dentro daquele caldeirão em ebulição e sempre quisemos fazer algo sobre a banda e sobre o que ela significa. Quando surgiu o edital, amigos em comum que também haviam vivenciado esse período, nos ajudaram a construir esse processo", conta.
"Foi muito interessante conhecer um pouco mais sobre as influências pessoais de cada um, sobre o processo criativo, de composição das músicas. Foi bom também ouvir deles, agora com o amadurecimento que só o tempo permite, toda a dor que foi perder Chico no auge da carreira e como foi doloroso e importante se reinventarem pra seguir adiante", completa Leo.