Premiação do Cine-PE revela vencedores da 29ª edição
Festival chegou ao fim consagrando os longas 'A Melhor Mãe do Mundo', de Anna Muylaert, e 'Senhoritas', de Mykaela Plotkin
O Cine-PE – Festival do Audiovisual se despediu do público pernambucano com sua tradicional entrega dos troféus Calunga de Prata, domingo, no Teatro do Parque. O Júri Oficial, composto pelos cineastas Daniel Bandeira, David Schurmann e Rosemberg Cariry, pela diretora Vânia Lima e pela atriz Helga Nemeczyk, elegeu A Melhor Mãe do Mundo, de Anna Muylaert, como Melhor Filme, concedendo ainda as estatuetas de Roteiro, Montagem, Atriz (para Shirley Cruz) e Atriz Coadjuvante (Rejane Farias).
Saindo da cerimônia também com cinco prêmios, o drama pernambucano Senhoritas foi outro grande destaque. Dirigido pela estreante em longa de ficção Mykaela Plotkin, consagrada na categoria Melhor Direção, o filme recebeu ainda os troféus de Ator Coadjuvante (para Genézio de Barros), Fotografia, Direção de Arte e o Prêmio da Crítica (concedido pelo júri especial da Abraccine).
A comédia romântica Nem Toda História de Amor Acaba em Morte ganhou a votação do Júri Popular, levando o prêmio do público, um momento bonito da premiação, em que a equipe salientou a importância da representatividade surda, tema central da obra dirigida por Bruno Costa. O filme recebeu também o Calunga de Melhor Ator (Octávio Camargo).
Os dois documentários da competição de longas saíram cada um com um troféu: O Ano em que o Frevo Não Foi pra Rua, de Mariana Soares e Bruno Mazzoco, ganhou Melhor Trilha Sonora, enquanto Itatira, de André Luís Garcia, ficou com o de Edição de Som.
Entre os curtas da competição nacional (cujo Júri Oficial foi composto pela jornalista e apresentadora Renata Boldrini, pelo marqueteiro Elias Oliveira, pelo cineasta José Araripe Jr., pelo pesquisador Marcos Pierry e pela curadora e pesquisadora Viviane Pistache) a animação Kabuki, de Tiago Minamisawa, saiu vitoriosa com quatro estatuetas, incluindo a de Melhor Filme.
Já na competição de curtas pernambucanos, o grande vencedor foi Esconde-Esconde, de Vitoria Vasconcellos, com três Calungas no total. No júri popular nacional, o vencedor foi Depois do Fim, de Pedro Maciel, enquanto o documentário O Carnaval é de Pelé, de Daniele Leite e Lucas Santos, recebeu o troféu concedido pelo público na categoria pernambucana.