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Em último adeus, Natiruts reencontra Classic Hall nesta sexta-feira

Público pernambucano foi um dos poucos privilegiados com um show extra do Natiruts, realizado no Classic Hall às vésperas da separação definitiva do grupo

Por Allan Lopes

Vocalista Alexandre Carlo e o baixista Luís Maurício, fundadores do Natiruts

“Independente do que aconteça, eu não quero que você esqueça”. O hit Quero Ser Feliz Também resume o clima da noite de hoje, quando será realizado o último encontro entre os fãs pernambucanos e o Natiruts, que vai se despedir dos palcos. De volta ao Classic Hall em menos de um ano, a turnê Leve com Você marca o fim de uma era, mas em tom de celebração, por uma história de amor que atravessa quase 30 anos e pela certeza de que, no futuro, o reggae do grupo seguirá ecoando no coração de quem canta junto com o vocalista Alexandre Carlo e o baixista Luís Maurício.

Em circulação desde fevereiro do ano passado, o show já percorreu 15 cidades brasileiras, alcançando mais de 630 mil espectadores. Dessa forma, o Natiruts transformou o que seria um adeus em um triunfante passeio pela memória afetiva de seus fãs. A alta demanda resultou no acréscimo de cinco datas, incluindo um retorno triunfal ao Classic Hall, após uma performance histórica em 2024, que agora ganha um capítulo ainda mais emocionante.

E se alguém ainda duvidava da força dessa conexão, as palavras de Luís Maurício dissipam qualquer questão. “A empolgação é sempre muito, muito boa, e a gente ama esse público. Ficou realmente aquela vontade de voltar”, revela, em conversa exclusiva com o Viver. “Recebemos muitas mensagens de pessoas que não conseguiram ir, então nos sentimos na obrigação de dar esse último abraço e ter mais essa oportunidade de viver mais esse momento da turnê de despedida”, completa.

O show terá 2h30 de duração, com mais de 30 músicas no setlist, incluindo clássicos como Presente de um Beija-Flor, Andei Só e Sorri, Sou Rei, além de canções menos conhecidas, mas queridas pelos fãs. No palco, permanece a mesma vitalidade que conquistou o Brasil há três décadas. “A energia que o público passa para a gente é tão boa que vira combustível. Dá uma motivação enorme para a gente”, destaca o baixista.

Se para muitos a separação soa como rompimento, no caso do Natiruts ela vem envolta de leveza e entendimento mútuo. Não houve desavenças, nem desgaste. Apenas a pura necessidade artística de transcender os limites do reggae e evitar a repetição. “Dentro do que a gente se propôs a fazer, exploramos tudo o que era possível”, afirma. Enquanto seu parceiro segue novos rumos solo, Luís prefere manter o futuro em aberto. 'Ele não deve se prender a fórmulas - até porque, reggae é Natiruts', crava o músico

Ao encerrar este ciclo, Luís não carrega nas malas apenas recordações, mas a certeza de ter cumprido a sua missão artística.” Levamos só boas lembranças, com a alma leve, serena, e a sensação plena de que demos o nosso máximo. E, acima de tudo, somos muito gratos por tudo o que a vida nos proporcionou até aqui”, celebra ele. Como nos versos que sempre cantou, fica a lição: boas energias e memórias felizes são, no fim, o que realmente permanece.