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Garanhuns terá baixas temperaturas na madrugada deste domingo, diz Inmet

Garanhuns registrou na última quarta-feira (16) 15,2°, a temperatura mais baixa nos últimos 34 anos

Por Diario de Pernambuco

Garanhuns tem convivido com baixas temperaturas neste mês

Garanhuns registrou, há três dias, temperatura de 15,2°, a mais baixa desde 1991. Para este final de semana, o termômetro não descerá tanto, mas o final da noite do sábado (19) e a madrugada domingo serão bem frios na Suíça pernambucana. É o que prevê o Instituto Nacional de Meteorologia.

Segundo o Inmet, a temperatura no município deve variar no período entre 19° e 17°. Um pouco acima do registrado na madrugada da última quarta-feira (16): 15,2º e com sensação térmica ainda inferior por conta da baixa umidade e da ausência de nuvens no céu.

A reportagem do Diario de Pernambuco conversou com o meteorologista da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), Romilson Ferreira. “Julho de 2025 está bem friozinho em Pernambuco. A gente já tá notando que, tanto no Agreste como no Sertão, temos temperaturas bem baixas, algumas vezes abaixo de 15 graus”, adiantou.

Ele destacou que, além da altitude, a pouca nebulosidade tem contribuído para a queda dos termômetros durante a madrugada. “A gente deve continuar com essas temperaturas nos próximos dias. Não há previsão de chuva para o Sertão, e no Agreste só chuva fraca.”

La Niña ou El Niño?

“Atualmente estamos em uma condição de neutralidade no Oceano Pacífico, ou seja, sem influência direta de anomalias de Temperatura da Superfície do Mar (TSM) no Pacífico Equatorial, que modulam a circulação atmosférica global”, detalha a meteorologista Edivânia Santos, também da Apac.

Segundo ela, o fenômeno não está relacionado a eventos como La Niña ou El Niño. É o Oceano Atlântico, e não o Pacífico, o principal modulador das condições atmosféricas em Pernambuco neste momento.

O aquecimento das águas do Atlântico tropical, especialmente próximo à costa leste do Nordeste, tem favorecido a maior evaporação e umidade na atmosfera, contribuindo para a formação de nuvens e chuvas.

Isso tem influência diretamente nas temperaturas, principalmente durante o dia, com menor incidência solar. Já à noite, a ausência de nebulosidade intensifica a perda de calor por radiação, gerando madrugadas ainda mais frias.

Além do inverno e da influência dos oceanos, a altitude de cidades como Garanhuns (situada a mais de 800 metros acima do nível do mar) contribui para os registros mais baixos no Estado.

O Agreste e partes do Sertão pernambucano costumam apresentar as menores temperaturas durante os meses de junho, julho e agosto. “Essas regiões são naturalmente mais frias, sobretudo à noite. A altitude faz com que o ar se torne mais rarefeito, dificultando a retenção de calor após o pôr do sol”, complementa Edivânia.