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Restrição no aeroporto de Noronha impede que dois aviões fiquem na pista ao mesmo tempo

Limitação de tráfego aéreo foi imposta após dois atolamentos em junho; voo da Azul precisou ser redirecionado a Natal

Por Diario de Pernambuco

Desde a última sexta-feira (4), o Aeroporto de Fernando de Noronha opera sob uma nova regra de segurança determinada pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), a qual determina que apenas uma aeronave pode permanecer na pista por vez.

A medida foi adotada após dois incidentes ocorridos no pátio do terminal no período de menos de dez dias, envolvendo aviões das companhias Azul e Gol.

No último domingo (6), um voo da Azul Linhas Aéreas que saiu do Recife com destino a Noronha foi impedido de pousar no arquipélago e precisou seguir até Natal. Segundo a empresa, os passageiros receberam assistência conforme prevê a Resolução 400 da ANAC, incluindo reacomodação em voos extras.

A proibição da permanência simultânea de aeronaves tem gerado ajustes no fluxo de pousos e decolagens na ilha. "Até onde sabemos, só está podendo ficar uma aeronave na pista. Uma aeronave fica na pista, e a outra só aterriza depois que essa sair. Está esse fluxo por questão de segurança, enquanto as obras acontecem", informou a assessoria da Secretaria de Mobilidade e Infraestrutura de Pernambuco (Semobi) ao Diario.

Obras em andamento

De acordo com o governo de Pernambuco, já foram iniciadas obras emergenciais no pátio de taxiamento do aeroporto. A previsão é que novas fases dos trabalhos ocorram ainda nesta semana, com objetivo de garantir condições adequadas de operação no terminal, que é estratégico para o turismo e a logística de Fernando de Noronha.

A Semobi ainda ressaltou que as medidas aumentam a eficiência da conclusão dos trabalhos. "A restrição ao aumento da frequência de voos e a proibição de operações simultâneas de transporte aéreo público no Aeroporto de Fernando de Noronha são necessárias e fundamentais para viabilizar o andamento das obras de requalificação do terminal", informou. 

Ainda segundo a Semobi, o investimento é de R$ 60 milhões. 

A responsabilidade pela administração do aeroporto é da empresa Dix Empreendimentos, concessionária que opera o terminal desde 2011 por meio de contrato firmado com o governo de Pernambuco. A companhia também está à frente de uma obra de ampliação que pretende mais que triplicar o tamanho do terminal de passageiros até 2026.

O Ministério de Portos e Aeroportos e a ANAC solicitaram esclarecimentos ao governo do estado sobre as recentes ocorrências. Procurada pela reportagem, a Dix não respondeu até a publicação desta matéria.