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Fiscalização intensiva visa reduzir sinistros em pontos críticos do Recife

Ação integra dados de diferentes órgãos e aposta na presença estratégica de agentes para inibir comportamentos de risco nas vias da capital

Por Larissa Aguiar

Fiscalização Intensiva visa reduzir sinistros em pontos críticos do Recife

Dez pontos críticos de sinistros de CTTU, Samu, Corpo de Bombeiros e das secretarias municipal e estadual de Saúde. Recife é uma das poucas capitais do país que consegue integrar esses dados de maneira estruturada, cruzando informações sobre horário, local, tipo de vítima e outros elementos essenciais para entender a dinâmica dos acidentes. “É uma análise minuciosa, que leva em conta tanto os dados técnicos quanto a experiência dos profissionais que vivenciam o trânsito diariamente”, detalha Correia.

A intensificação da fiscalização terá foco prioritário em comportamentos de alto risco, como o excesso e a inadequação da velocidade. Mas outros fatores também preocupam. “A ausência de capacete entre motociclistas, o não uso do cinto de segurança, especialmente no banco de trás, a combinação de álcool e direção, o uso de celular ao volante e o transporte inseguro de crianças são problemas recorrentes que colocam vidas em risco todos os dias”, alerta.

A avaliação dos resultados será contínua. Segundo Correia, os indicadores serão monitorados mensalmente e poderão resultar em ajustes de rota. “Vamos observar os dados antes e depois da intervenção, mas também vamos escutar os profissionais da área, fazer observações em campo e, se necessário, realizar ações educativas ou de engenharia no local. O objetivo é entender o problema e propor soluções efetivas”, destaca.

A fiscalização é apenas um dos pilares da segurança viária, que também inclui educação, engenharia e análise de dados. A articulação entre essas áreas é essencial para mudanças duradouras. “Nenhum desses pilares caminha sozinho. É como uma engrenagem. Se um deles falha, o sistema todo perde eficiência. E, mais do que isso, é preciso que a sociedade participe desse processo. A segurança no trânsito é uma responsabilidade coletiva”, reitera.

A BIGRS e a CTTU também descartam que existam padrões regionais muito distintos entre as zonas da cidade. “O comportamento inseguro está espalhado. O problema é da cidade inteira, e a estratégia de fiscalização parte dessa premissa. O importante é que estamos agindo antes que os números piorem”, finaliza Correia.