Audiência do caso Rodrigo Carvalheira será retomada em setembro
Esta audiência ouviu a vítima - que sofreu estupro por duas vezes, uma delas quando era menor de idade -, a mãe dela e mais duas testemunhas
A audiência desta segunda (16) do caso de estupros cometidos pelo empresário Rodrigo Cavalheira terminou sem que o réu fosse ouvido. De acordo com o advogado da vítima, Eloy Moury, a audiência foi interrompida e será retomada em setembro deste ano.
Esta audiência ouviu a vítima - que sofreu estupro por duas vezes, uma delas quando era menor de idade -, a mãe dela e mais duas testemunhas. A audiência aconteceu na 1ª Vara Dos Crimes Contra Criança e Adolescente da Capital, na Boa Vista, no Recife. O processo é o segundo em curso na Justiça, além de outras quatro denúncias contra Carvalheira.
O Diario esteve na 1ª Vara Dos Crimes Contra Criança e Adolescente da Capital, no bairro da Boa Vista, no Recife, onde aconteceu a audiência. A equipe de reportagem conversou com a mãe de uma das testemunhas, que também alega ter sido vítima de Rodrigo, quando ainda era menor de idade, em 2005. O crime desta contra testemunha, segundo o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), prescreveu. “Segundo a mãe, a expectativa é de que Rodrigo seja condenado.
“Espero que ele pague por tudo. Porque existem muitas mulheres no mundo e a gente sabe do que ele é capaz de fazer”, finalizou.
Relembre o caso
Rodrigo Carvalheira é empresário do ramo imobiliário e alvo de três processos por violência sexual contra diversas mulheres. Ele foi também indiciado por estupro de vulnerável. Em maio de 2024, a Polícia Civil concluiu os dois últimos inquéritos que investigavam denúncias de violência sexual.
Outros dois crimes pelos quais ele era investigado prescreveram, mas a polícia concluiu que também houve estupro de vulnerável. Os casos aconteceram entre 2005 e em 2019.
Rodrigo foi preso preventivamente em 11 de abril de 2024. Ele ficou seis dias preso no Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, no Grande Recife, sendo solto com uso de tornozeleira eletrônica.
Na época, Rodrigo afirmou ser vítima de uma “conspiração política”, que estava surpreso pelas acusações. A prisão foi decretada para evitar que ele atrapalhasse as investigações.
Carvalheira foi preso novamente em 6 de junho de 2024, a pedido do Ministério Público de Pernambuco, por ligar para o tio de uma suposta vítima em 2023. O MPPE entendeu que o empresário estaria novamente interferindo nas investigações. Após passar cinco meses detido, Rodrigo recebeu liberdade em novembro de 2024.
Padrão do crime
Segundo os relatos das vítimas, Rodrigo tomava vantagem de relações de amizades diretas e indiretas para chegar às meninas. Ele agia sempre da mesma forma: oferecia bebidas e medicações que afetavam os sentidos das vítimas, e com elas inconscientes, ele cometia os abusos.
Segundo a Polícia Civil, uma das vítimas sofreu a violência sexual no dia do próprio aniversário de 16 anos, em 2009. Outra mulher também tinha 16 anos quando foi vítima do crime, em 2005. Esses são justamente os casos que prescreveram.
Dessas duas vítimas, uma delas foi estuprada quando estava em estado de embriaguez e outra quando estava sob o efeito parcial de embriaguez.