Advogado e designer são presos pela PF por tentativa de fraude de mais de R$ 500 mil
Segundo a Polícia Federal, os dois foram até Caixa em Limoeiro, no Agreste, com documentos falsos, tentar sacar dinheiro de precatório, de forma ilegal
Um designer de luz natural, que mora no Rio de Janeiro, e um advogado pernambucano foram presos em flagrante pela Polícia Federal (PF) em uma tentativa de fraude de mais de R$ 500 mil envolvendo precatórios.
Um precatório é uma requisição de pagamento emitida pelo Poder Judiciário, que determina que uma entidade pública, como um município ou estado, pague uma dívida reconhecida em uma ação judicial.
Segundo a PF, a prisão aconteceu na terça (10)< em Limoeiro, no Agreste pernambucano.
De acordo com as investigações, o designer, de 51 anos, e o advogado, de 40 anos, foram até a agência da Caixa Econômica Federal em Limoeiro para tentar sacar R$ 583 mil.
Esse dinheiro tinha relação com um precatório trabalhista, concedido pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF da 1).
Para isso, a dupla portava documentos falsos. Eram uma Carteira Nacional de Habilitação e uma Procuração Ideologicamente falsa de Cartório/AL.
Como foi
Ainda conforme a PF, as prisões aconteceram quando os dois se dirigiram ao caixa para realizar as transações.
Ficou comprovado que o verdadeiro beneficiário se encontrava em Matupá, em Mato Grosso do Sul.
A Polícia Federal disse que, por meio de uma videoconferência, o real beneficiário do precatório alegou que nunca tinha dado poderes a ninguém para pegar o dinheiro.
A PF ressaltou, ainda, que os dois homens presos já haviam tentado levantar os valores para serem depositados na conta do advogado por duas vezes consecutivas.
Devido a uma questão burocrática e da documentação de baixa resolução, eles não conseguiram sacar os montantes pretendidos.
Nessa segunda empreitada, a meta seria sacar R$ 10 mil do valor em espécie e o restante do saldo a ser depositado em conta de titularidade do advogado.
A PF apreendeu com eles dois celulares e documentos utilizados na fraude (CNH, procuração).
O que aconteceu
Os dois seguiram para a sede da Polícia Federal no Recife Antigo para adoção de providências. Acabaram sendo autuados por estelionato em detrimento de entidade de direito público e uso de documento falso.
As penas variam de 2 a 10 anos de reclusão.
Os presos já passaram por audiência e custódia e foram liberados devendo responder ao processo em liberdade.