O que aconteceu
Após ser indiciado como chefe da quadrilha e apreendido, o jovem não demonstrou preocupação, pelo contrário se mostrou frio com a situação.
“O que me chamou a atenção na apreensão dele foram a ironia, o cinismo e a frieza. Chegou um dado momento que estávamos filmando que ele sorriu e me perguntou se iria ser divulgado. Como se ele buscasse uma forma de notoriedade.” Na Operação Game End, o jovem confirmou ter esquematizado desafios criminosos.
Em um dos casos, houve um ataque a um homem em situação de rua no Rio de Janeiro.
“Morador de rua estava dormindo e aí um adolescente foi e jogou nele um coquetel molotov tocando fogo. Isso tudo foi transmitido ao vivo numa live na plataforma Discord.”
Outro caso é de uma jovem induzida a engolir uma lâmina, em um dos desafios, provocando graves lesões.
Histórico
Em novembro de 2024, ele havia sido internado durante 45 dias como medida socioeducativa após enviar um e-mail ameaçando uma delegada de polícia do Estado de São Paulo.
“Ele enviou um e-mail a delegada do Estado de São Paulo que conduzia as investigações e que foi responsável pela prisão de alguns comparsas. Nesse e-mail continham ameaças, relatando a rotina da, nome de parentes, endereços e dizendo que se ela continuasse com as investigações iria sofrer um atentado à integridade física ou à vida.” disse Joel Venâncio.
O mandado de internação provisória foi expedido pela terceira vara cível de Camaragibe, a Terceira Vara Cível de Camaragibe, que atua junto à Vara da Infância e Juventude.
“Como ele é menor de idade, segue com internamento provisório decretado e ao final do processo, o juiz vai decidir qual é a melhor medida socioeducativa, mas dada a gravidade dos atos infracionais, a gente acredita que o juiz vai decretar a internação provisória e ele pode permanecer por até 3 anos internado.”
O jovem va responder por crmes análogos a tentativa de homicídio, armazenamento de material pornográfico envolvendo criança e adolescente, instigação e induzimento ao suicídio, invasão de redes e dispositivos de órgãos governamentais com direcionamento em processos judiciais em curso e injúria racial.
Ele pode ficar, no máximo, por três anos sob a custódia do estado, como determina a lei.