Vodca falsa: 500 litros de bebidas são apreendidos em fábrica clandestina
Realizada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, a Operação Pagode Russo aconteceu em Paulista, no Grande Recife
Quinhentos litros de bebidas alcoólicas clandestinas foram apreendidos, em Paulista, no Grande Recife, em uma ação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Segundo o ministério, a Operação “Pagode Russo” recolheu garrafas de vodca e aperitivos falsificados.
A ação teve atuação do Programa Vigifronteiras e do Serviço Regional de Operações Avançadas de Fiscalização e Combate a Fraudes (SERFIC/DIPOV), em parceria com a Delegacia de Crimes contra o Consumidor (DECON), da Polícia Civil de Pernambuco.
O valor estimado dos itens apreendidos é de R$ 100 mil. A ação aconteceu no dia 22 de maio e foi divulgada nesta terça (27).
O objetivo da Operação Ronda Agro LXXXVIII foi coibir fraudes, proteger a saúde da população e garantir a integridade da cadeia produtiva de bebidas alcoólicas, em conformidade com a legislação sanitária e de defesa agropecuária vigente.
Como foi
Os fiscais e policiais identificaram um estabelecimento sem registro no ministério. Ou seja, a fábrica funcionava de forma clandestina.
A fábrica produzia bebidas alcoólicas de forma clandestina, utilizando embalagens de marcas conhecidas no mercado nacional.
"O objetivo da prática era induzir o consumidor ao erro quanto à origem e autenticidade do produto", disse o Mapa.
Foram encontrados aditivos como corantes, extratos e aromatizantes, utilizados para mascarar a origem e alterar as características sensoriais das bebidas.
Além disso, as condições higiênico-sanitárias do galpão eram consideradas inadequadas para a manipulação de alimentos;
Havia garrafas reutilizadas armazenadas no chão, em ambiente contaminado com fezes de pombos.
Também foram detectadas irregularidades na rotulagem dos produtos, com informações enganosas que não correspondiam à composição real das bebidas, violando normas de comercialização e segurança alimentar.
A operação apreendeu, ainda, utensílios e equipamentos usados na produção, como compressor, caixa d’água, esteiras, rótulos falsos e mais de 3.500 garrafas vazias.
Alerta
O ministério alertou que a "ausência de controle sobre a matéria-prima, a manipulação em ambiente insalubre e o uso de substâncias não autorizadas representam riscos à saúde pública, incluindo possibilidade de reações adversas, intoxicações e contaminações diversas".
Além disso, a rotulagem enganosa compromete o direito à informação do consumidor e configura concorrência desleal com produtores regulares, além de configurar delitos contra a propriedade intelectual.