Redes irregulares de telecomunicações já causaram 483 incêndios este ano
Os dados fazem parte de um balanço da Neoenergia. Em 2024 foram 1.100 incêndios

Somente este ano, 483 incêndios foram provocados por redes irregulares de telecomunicações instaladas em postes em Pernambuco. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (19) pela Neoenergia, que ainda contabilizou 1,1 mil ocorrências desse tipo em 2024.
Segundo a distribuidora, os focos de incêndio em postes têm relação direta com o acúmulo de fios e caixas instalados por empresas de internet sem o devido critério técnico. “Quando esses cabos entram em curto, o fogo se espalha rapidamente, inclusive provocando o rompimento de fios de energia. Isso representa risco de choques elétricos, interrupção no fornecimento e danos à vida das pessoas”, explica Fábio Barros, gerente operacional da Neoenergia Pernambuco.
Para combater futuros incêndios, a Neoenergia removeu 100 toneladas de cabos e caixas irregulares no ano passado. Nos últimos quatro anos, o total já ultrapassa 310 toneladas. A empresa atua com base nas resoluções conjuntas da Aneel e Anatel, que determinam que qualquer ocupação dos postes deve seguir normas técnicas rigorosas.
Além das empresas que descumprem os padrões, a distribuidora também enfrenta casos de ocupações clandestinas, em que os provedores instalam seus cabos sem autorização e sem qualquer controle. Essas instalações improvisadas, além de poluírem visualmente as cidades, sobrecarregam a estrutura dos postes, aumentam o risco de incêndios e comprometem a integridade da rede elétrica.
“Nossa prioridade é proteger vidas. A retirada dos cabos fora do padrão é uma medida de segurança urgente e necessária”, reforça Barros. A empresa também notifica regularmente as operadoras para que adequem suas redes conforme os critérios estabelecidos pelas agências reguladoras.