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COP 30 deve ser encontro de implementação, diz Marina Silva

Ministra defende resoluções no encontro de novembro em Belém

Por Agência Brasil

Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva

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Antes da palestra da ministra, foi exibido um vídeo do papa Leão XIV em que ele defendeu uma reflexão conjunta sobre uma possível remissão entre a dívida pública e a dívida ecológica, uma proposta que o papa Francisco havia sugerido em sua mensagem para a Jornada Mundial pela Paz de 2025.

“Neste ano jubilar, ano de esperança, é muito importante esta mensagem. A vocês reitores universitários quero encorajá-los nesta missão que assumiram: a serem construtores de pontes de integração entre as Américas e com a península ibérica, trabalhando por uma justiça ecológica, social e ambiental”, diz o papa na mensagem.

Marina destacou o privilégio da exibição do vídeo do pontífice no encontro. “É na nossa condição de preservar e sustentar a vida, onde todos deveríamos estar integrados naquilo que o papa Francisco falou da nossa Casa Comum”, completou se referindo à encíclica de Francisco.

Segundo a ministra, o Brasil e as Nações Unidas estão em tratativas com Vaticano para um balanço ético global sobre o compromisso com a vida, a ser realizado antes da COP30. A iniciativa já vinha sendo conversada com o papa Francisco, e agora com o papa Leão XIV.

O congresso no Rio reúne integrantes de mais de 200 universidades públicas e privadas da América Latina e do Caribe, Espanha, Portugal e Estados Unidos, e tem o objetivo de promover o diálogo entre academia e os setores público e privado para propor estratégias coordenadas de ação sobre fé e inovação, conforme a agenda da COP 30.

 

Licenciamento ambiental


Sobre a aprovação do projeto de lei que estabelece um novo marco legal para o licenciamento ambiental no Brasil, a ministra voltou a criticá-lo.

“Desde 1981, o Brasil tem uma lei de licenciamento ambiental que é a base da proteção, a coluna vertebral da proteção ambiental do Brasil. Infelizmente, o que foi aprovado ontem no Senado é como se fosse uma demolição da base de proteção de um país que tem 11% da água doce e 22% das espécies vivas do planeta”, apontou.