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Quarteto campeão é trunfo do Minas contra Rio de Janeiro na Superliga Feminina
Hooker, Jaque, Karine e Leia reencontram mesma equipe da decisão de 2012
Quis o destino que quatro amigas se reencontrassem – e que isso fosse no Minas. A amizade nascida há quatro anos, quando foram campeãs da Superliga Feminina de Vôlei pelo Osasco-SP, as faz sonhar com mais uma conquista, que elas chamam de “bicampeonato”. Para o aposto norte-americana Hooker, a ponteira Jaqueline, a levantadora Karine e a líbero Leia, há pela frente o desafio de construir mais uma página vitoriosa de suas histórias, agora ajudando o MTC. A equipe enfrenta o Rio de Janeiro, às 21h30 (Sportv), na Arena JK, no primeiro jogo da melhor de cinco das semifinais do torneio. O rival, comandado por Bernardinho, é o maior vitorioso da competição (11 títulos). Na outra semifinal, também nesta sexta, Osasco x Praia Clube, às 19h (Sportv), em São Paulo. Em quadra, o sonho da primeira final mineira.
Coincidentemente, a decisão do quarteto será contra o mesmo adversário que derrotaram na Superliga de 2012. Hooker vê semelhanças e observa que o Minas vive momento especial. “Estamos crescendo, consequência de treinos fortes.” Ela é a melhor atacante da Superliga. “Isso é graças ao entrosamento com a nossa levantadora, a Naiane. Quando cheguei, esse entrosamento não era o ideal, mas melhorou muito. Digo que está quase perfeito. Muito disso é fruto também do fato de nós quatro termos jogado juntas antes. Isso fez nascer uma amizade muito forte entre a gente, o que é benéfico para o time.”
Jaqueline concorda com a amiga. “Sabe que a quem puxa esse assunto entre a gente é a Hooker. Ela fala muito sobre isso quando estamos juntas e também posta fotos da gente no celular. E diz muito que quer repetir Osasco.” O fato de já terem conquistado juntas um título, segundo ela, é puro estímulo. “Lá em 2012, chegamos a falar que era impossível bater o Rio. Mas tornamos a vitória possível e agora acreditamos na gente. Aquela situação reforçou ainda mais nossa amizade.”
Essa motivação extra, segundo Jaqueline, é repassada às demais jogadoras, já que, para ela, o vínculo entre as quatro amigas é mais que especial. “Conto com Hooker, Karine e Leia em qualquer situação, em qualquer momento que estiver vivendo.”
CONFIANÇA Karine observa que relembrar a conquista alimenta a ligação entre as amigas. E diz que o fato de ser companheira de quarto de Hooker, de quem é também uma espécie de tradutora, reforça cada vez mais a amizade entre as duas e ainda Jaqueline e Leia. “É muito legal isso o que está acontecendo. Confiamos muito umas nas outras. Mais ainda do que em 2012. E falamos com as mais jovens do nosso grupo sobre o que fazer em quadra, como chegar a um título.”
Leia conta que na época do Osasco era ainda muito nova, aos 21 anos. “Eu treinava com elas, mas quase não jogava. Agora é diferente. Me ajudam, me apoiam. Para mim, é uma segunda chance. Hoje a responsabilidade é maior, mas tenho o carinho das amigas, das companheiras de um título, que é uma história que queremos que se repita.”
A principal responsável pela união seria Hooker. “Ela agora está mais solta”, diz Leia. “A gente ri muito. A Hooker não domina o português, e quando tentamos falar uma palavra ou outra e sai errado. Aí termina em risos”, conta Jaqueline.
Começo fora de casa
Se na temporada passada o Praia chegou à final (vice-campeã, perdendo a decisão para o Rio), desta vez existe uma motivação extra: a chance de uma decisão mineira. O técnico Ricardo Picinin projeta uma série difícil e longa, em cinco jogos diante do Osasco. Os duelos começam às 19h de hoje, fora de casa. “Temos de manter nosso padrão tático e físico. A grande vantagem do Praia é que o grupo responde bem a mudanças na maneira de jogar. Isso aconteceu na série contra o Bauru e, se precisar, poderemos repetir a tática agora.” A levantadora Claudinha fala em crescimento da equipe. “Nossa vantagem é que estamos em evolução na hora certa, na decisão. Vencer essa partida é fundamental, pois assim inverteremos a vantagem do mando, já que faremos dois jogo em casa. Temos de impor nosso jogo.”