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Desde o fim das Olimpíadas, apenas 3,5% do 'maior legado' foi entregue
De 285 projetos, somente 10 Centros de Iniciação ao Esporte (CiEs) foram entregues até o momento; equipamentos previstos para o DF não saíram do papel
O projeto, lançado em 2015 e com previsão orçamentária de R$ 785 milhões, tinha como objetivo ampliar a oferta de infraestrutura de equipamento público esportivo qualificado, visando incentivar a iniciação atlética em territórios de vulnerabilidade social dos grandes centros urbanos brasileiros. Até o momento, as cidades com as obras finalizadas são Franco da Rocha (SP), Uberaba (MG), Maringá (PR), Arapongas (PR), Rio Branco (AC), Petrópolis (RJ), Barueri (SP), Santana de Parnaíba (SP), Uberlândia (MG) e Taboão da Serra (SP). Existe a promessa de que mais 13 instalações sejam entregues até o fim de 2018.
O relatório, divulgado em agosto pelo Ministério do Esporte, apresenta algumas inconsistências. O aparelho em Rio Branco-AC, por exemplo, foi entregue em março deste ano, mas ainda aparece com 79,22% das obras concluídas no documento. Em abril, foi a vez de Petrópolis-RJ inaugurar o CIE, mas o município ainda consta com 74,84% das construções realizadas.
Desativados
De acordo com o Ministério do Esporte, dos 285 CIEs prometidos inicialmente, 151 contratos foram desativados “por desistência ou não cumprimento dos prazos por parte dos municípios”. A pasta também frisa que a responsabilidade da realização e entrega das obras são das cidades interessadas. O fato é que, cronologicamente mais próximo de Tóquio-2020 do que da Rio-2016, o legado está longe de ser entregue por completo.
No Distrito Federal, as três construções jamais sairão do papel. As instalações esportivas estavam previstas para Sobradinho e Santa Maria, mas não houve acordo entre a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sinesp) e a Construtora Ipê, empresa vencedora da licitação.