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Pioneiro, Clodoaldo Silva prepara despedida das piscinas e comemora evolução da modalidade

Aos 36 anos, nadador se prepara para a aposentadoria após os Jogos Paralímpicos do Rio-2016

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Glasgow — De despedida do seu último Mundial Paralímpico de Natação e preparando a aposentadoria para depois dos Jogos do Rio, Clodoaldo Silva, ou simplesmente o Tubarão, deixará a Seleção Brasileira, no próximo ano, em cenário completamente diferente daquele em que começou no esporte. Com investimentos e mais de um nadador brasileiro brigando por medalhas — só nesta edição da competição, em Glasgow, foram nove pódios individuais —, os atletas comemoram nova fase da modalidade. Eles encerraram a disputa em quarto lugar no ranking, com 11 ouros, oito pratas e quatro bronzes. No Mundial passado, em Montreal, a Seleção terminou na quinta posição.

“Quando surgi ganhando medalha, o esporte paralímpico não tinha investimentos. Isso mudou, e vieram os atletas. Fico feliz quando falam ‘comecei (a nadar) porque vi o Clodoaldo’. Não só na natação, mas em outros esportes, porque eu sinto que contribuí para isso”, avaliou Clodoaldo, já em tom de despedida. O maior medalhista paralímpico do país, Daniel Dias, que sai desta edição somando 24 ouros em mundiais, é um desses casos. Mas não isolado. Se antes Clodoaldo nadava sozinho, agora André Brasil também se consolida como multimedalhista, além dos talentos recentes que sobem ao pódio aplaudidos pelos veteranos.

Os novos rumos da Seleção de natação paralímpica são resultado de uma reformulação na área técnica, segundo o coordenador de Seleções, Jonas Freire. “Não foi apenas uma mudança de trazer novos técnicos, são novos conceitos e critérios”, justificou. O índice de corte para convocação da equipe está acima dos padrões internacionais, e o grupo passou a treinar no centro de referência da modalidade, em São Caetano do Sul, no interior paulista.

De fã a ídolo, Daniel Dias aproveita o último ano de “trabalho” com Clodoaldo para ainda se espelhar no veterano: “Se eu posso falar algo para ele é que deixou um grande legado e que a gente vai fazer o máximo para perpetuar esse legado”.

A repórter viaja a convite do CPB