Vibração de Zé Guilherme é aposta do Brasil contra Bielorrússia no Mundial de handebol

Ana Paula Santos

Enviada Especial

Doha - Nem parece que o armador direito Zé Guilherme, de 21 anos, está estreando em mundiais da categoria adulto. Aos oito minutos do primeiro tempo do jogo de estreia contra o Catar, ele foi logo mostrando porque faz parte do seleto grupo que representa o Brasil no Campeonato Mundial 2015. Plenamente à vontade, Zé ajudou na defesa e não se intimidou na hora de arremessar. Na partida diante da Espanha, iniciou como titular. E deve ser mantido para o confronto de hoje, com a Bielorrússia, às 11h (horário de Recife). Zé é o sangue novo que o Brasil necessita.

Vibrar com suas boas ações em quadra é uma característica que ele traz desde os tempos de juvenil e juniores. “É isso que a juventude traz para uma seleção adulta. Venho de seleções vitoriosas. E acho que temos que ter um pouco de loucura”, comentou Zé, que saiu do treino, ontem, com uma bolsa de gelo no joelho direito, mas não é nada preocupante.

O entusiasmo e a juventude de Zé são contagiantes. Ele conta que durante seu aniversário de 21 anos - comemorado em pleno torneio preparatório para o Mundial, no Egito - o grupo lhe concedeu a palavra. E ele não economizou nos pedidos. “Falei que a gente precisa acreditar em chegar mais longe. Respeito a opinião dos outros, mas não chegou para disputar uma competição achando que é impossível ser campeão. E estou aqui, acreditando que podemos conseguir muito mais do que foi feito na Espanha, em 2013. Ótimo se conseguirmos um 12 lugar, mas prefiro ser considerado um louco e acreditar que podemos chegar mais longe”, contou o armador direito.

Ao que parece, a empolgação de Zé e a derrota apertada para a Espanha (O Brasil perdeu de 29 a 27 para a atual campeã do mundo) deu uma injeção de ânimo em todo o elenco. “Percebi os caras mais ligados. Não tem nada a ver com ser corintiano, mas quero ver um bando de louco em quadra amanhã (hoje)”, adiantou o camisa 10 do Brasil.