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Em reencontro com Santa Cruz, Canindé lembra: 'Aconteciam coisas inacreditáveis'

Hoje no Treze, técnico avaliou sua passagem à frente do Tricolor em 2014

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Enquanto o Santa Cruz titubeia com resultados ruins no início de temporada, o Treze, adversário do Tricolor nesta terça-feira, pela segunda rodada da Copa do Nordeste, vive um bom momento no Campeonato Paraibano e lidera o grupo B, com folga, com a classificação para o mata-mata bem encaminhada. Entretanto, no Nordestão, o Galo da Borborema busca reabilitação após perder em casa na estreia para o CRB, principal força do grupo A.

[SAIBAMAIS]Para destrinchar o rival coral, o Superesportes entrevistou Oliveira Canindé, hoje técnico do Treze e ex-comandante do Santa Cruz na campanha de 2014, quando o time por muito pouco não obteve o acesso à primeira divisão. À frente de um elenco que conta ainda com o ex-tricolor Dedé de volante, e os ex-rubro-negros Saulo e Marcelinho Paraíba, o treinador vê o seu primeiro compromisso contra seu ex-clube como um jogo comum.

“Um jogo normal, nada de excepcional. Nós temos que jogar e fazer a nossa parte, que do outro lado tem um adversário difícil", afirma Canindé, antes de resgatar boas lembranças do Arruda. "O Santa Cruz é um time que acho difícil alguém não gostar ou admirar. Tem uma torcida fantástica, mas que infelizmente não poderá participar do jogo. Não foi tanto tempo assim, mas marcou muito porque passar por um time grande é sempre marcante.”

O treinador também pondera sobre a má fase do Tricolor, que ainda não venceu na temporada. Para ele, o Galo leva sim uma relativa vantagem no confronto, mas a sua equipe precisa saber administrar.

"Talvez, tenhamos um pouco mais de entrosamento, mas nem sempre é um fator preponderante. O adversário forte como o Santa, com a história que tem e pressão de torcida, ele busca de todas as maneiras um lugar para pisar firme, uma base, uma sustentação maior para a partir daí começar a buscar bons resultados. Nesse momento, eles querem que passe logo e mude logo a fase. Nós vamos fazer a nossa parte, sabendo que uma hora isso pode mudar e nós não queremos que seja contra a nossa equipe.”

O que deu errado em 2014?

No ano que do centenário do clube, a curta passagem de Oliveira Canindé no Arruda passou muito perto de ser marcante. Quase sem fôlego com o antecessor, Sérgio Guedes, o time coral engrenou uma sequência de bons resultados e chegou a entrar no G4, mas acabou perdendo duelos decisivos, com salários atrasados. Entraves que foram apontados por Canindé como “inacreditáveis”.

"Nós passamos por algumas dificuldades grandes, mas isso a gente ficava para nós naquele momento. Aconteciam coisas inacreditáveis e, mesmo assim, eu dizia para os atletas 'joguem por vocês porque, se mostrarem serviço, as portas se abrem'. Não adianta relacionar aqui, porque já passou”, disse. "Se nós tivéssemos o apoio que precisávamos, tenho certeza que teríamos subido. Tínhamos um grupo de qualidade, o time era bom e uma torcida que nos apoiava muito. Bastava um pouco mais para ter o sucesso que esperávamos”, acrescentou.

Para finalizar, mostra gratidão pelo que viveu no Arruda. "Agradeço muito pela oportunidade que tive, onde aproveitei da melhor forma possível. De todas as maneiras, fica a torcida pelo Santa, pela grandeza que é o clube e esperamos que o volte a viver os melhores dias. Que isso aconteça o mais rápido possível.”