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"Treinador" de várzea, versátil Léo Santos abraça chance no Náutico com simplicidade
Natural do Recife, atacante tem agradado e recebido oportunidades nos treinos; ao Superesportes, ele conta a trajetória até o Timbu e os percalços da carreira
Natural do Recife, porém, Léo iniciou a carreira no rival Sport, com 15 anos. No Leão, começou como volante. Chamou a atenção do Atlético-PR, que o levou em 2015 para atuar como meia na equipe sub-20. No Sul do país, porém, quase não jogou: “Passei um ano me machucando muito. Lesionei o púbis, depois o adutor, e não fui muito utilizado. E aí pedi para ser emprestado o ter o contrato rescindido, pois queria arrumar outro clube”. Surgiu aí a oportunidade de tornar à terra natal, onde voltou a perseguir seu grande objetivo.
“A volta ao Recife foi boa demais. Ficar perto da família é outra coisa. Fiquei mais forte para trabalhar no dia a dia e ter firmeza no trabalho. Eu quis voltar para o Recife para conseguir meu objetivo de estrear no profissional”, conta. Chance que não demorou a vir no Náutico. “Em fevereiro, comecei no sub-20, joguei dois jogos e subi para treinar no profissional. Depois de duas semanas, já estava no time de cima”, relembra.
Apesar do início animador, Léo procura manter a seriedade. Sabe que ainda está longe de se afirmar no clube. Para manter a humildade, se apoia nas palavras do técnico Alexandre Gallo e na parceria com Rogerinho (atacante que também subiu para o time principal), seu melhor amigo no clube. “Ele (Gallo) subiu Rogério e eu no mesmo dia. E pediu para que nos comportássemos do mesmo jeito para, quando tivéssemos uma chance no jogo, fazermos a mesma coisa que fazemos na base. E disse para ficarmos sempre tranquilos, porque a oportunidade iria aparecer. Ela chegou e estou abraçando”, comemora.
Treinador?
Mesmo com a vida de jogador profissional, Léo segue morando na mesma comunidade onde nasceu: o Campo do Vila, no Espinheiro, Zona Norte do Recife. No bairro, ele explica que não joga futebol, mas tenta ajudar como técnico. “Tem um time lá que eu sou treinador. Comprei um material do Náutico e coloquei os meninos da comunidade para jogar campeonatos de várzea”, diz, orgulhoso.
Apesar de aprender diariamente com os ensinamentos de Gallo, ele garante que não tenta se espelhar no comandante alvirrubro quando treina os amigos na várzea. “Eu só coloco o time para jogar. Não estudo muito sobre o treinamentos, não. É só dizer ‘faz isso’, ‘faz aquilo’, só isso mesmo”, brinca.