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Derrubando todos os prognósticos negativos, Lucas Lyra segue na luta pela recuperação plena

De 1% de chances de sobreviver, jovem já movimenta o braço direito

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[SAIBAMAIS]Quando Cristina Lyra recebeu a informação de que seu filho havia sido baleado, o prognóstico não era animador. Os médicos previam que Luca sobreviveria apenas 24 horas e as chances de recuperação eram de 1%. Dois anos e cinco meses depois, o jovem tem, gradativamente, apresentado melhoras. Apesar de todas as dificuldades de um caso tão sensível, sua família celebra o fato de ele estar vivo, consciente e no convívio com todos.

No momento, Lucas não anda, mas consegue ficar em pé com auxílio. Recuperou os movimentos dos braços, principalmente o direito, que apresenta força motora na mão, conseguindo, até, segurar sua caneca de café. Lucas, entretanto, perdeu a visão periférica e sofre de diplopia (visão “dupla”). Ele, contudo, sofre com dores cotidianas há cerca de oito meses. “Fortes dores no umbigo, devido a uma cirurgia de hernia umbilical que ele teve de fazer”, descreve. Segundo Mirella, os médicos têm investigado para descobrir a origem.

Assim que se livrar das dores, Lucas vai ser transferido para o Hospital Sarah Kubitschek, em Fortaleza-CE, a fim de dar continuidade ao tratamento, focando em sua reabilitação motora. “Ele já foi chamado para ir, só que não pode sair do hospital com dor. E quando receber alta, tem que passar dois, três meses em casa, para criar anticorpos domésticos para poder viajar”, explicou a irmã.

Lentidão no processo
No dia 6 de abril de 2015, o juiz Ernesto Bezerra Cavalcanti, da Primeira Vara do Tribunal do Júri Capital, proferiu a sentença de pronúncia - quando o magistrado entende que o acusado deve ser julgado pelo Tribunal do Júri. A defesa de José Carlos Feitosa Barreto, entretanto, impetrou recurso, o que retardou o agendamento da audiência do Júri. Em 10 de junho, o juiz acolheu os “embargos de declaração”, corrigindo um erro na decisão de pronúncia.  A data da audiência do Júri, porém, ainda não foi definida. Na última quinta-feira, 9, houve nova movimentação processual. Desta vez, assinada pela juíza Maria Segunda Gomes de Lima, que ratificou a pronúncia, determinando a remessa dos autos ao Tribunal de Justiça de Pernambuco, para julgamento do recurso. Fato que, por conseguinte, atrasa um pouco mais o agendamento da audiência do Júri. A demora fez com que a família lançasse uma petição online para entregar à Justiça quando atingir duas mil assinaturas, clamando por maior celeridade no caso.