Acervo
NÁUTICO

Em busca de equilíbrio, Lisca nega retranca e explica novo esquema tático do Náutico

Nos treinos, técnico vem armando time com três zagueiros e três volantes

Publicado: 11/03/2015 às 20:28

"Sem a bola, temos de estar mais compactos e menos vulneráveis. Senão, vou morrer do coração", brincou[SAIBAMAIS]Equilíbrio. Independentemente de esquema tático, postura dentro de campo e jogadores escolhidos, é isso que Lisca tem quebrado a cabeça para implementar no Náutico. Na lanterna do Hexagonal do Título do Pernambucano e em situação delicada também na Copa do Nordeste, o Timbu precisa reagir. Para isso, precisa encontrar uma “cara”. Um padrão que dê competitividade ao time, faça-o segurar os resultados e, por fim, traga tranquilidade ao clube.

Em busca desse padrão de jogo, o técnico vai promover mudanças no time que enfrenta o Moto Club nesta quinta-feira, na Arena Pernambuco. Vai entrar em campo com três zagueiros e três volantes, em um esquema que muitos veem como ultradefensivo. Apesar dessa percepção, Lisca, rejeita o rótulo de retranqueiro e diz estar preocupado apenas em dar estabilidade à equipe.

“Ninguém saiu por deficiência, mas por opção tática para este momento. O desafio é equilibrar a equipe. Uma equipe que marque, mas que chegue bem ao ataque. Não é obrigatoriamente um 3-5-2. Pode haver algumas variações. A disposição tática até inicia o jogo, mas a velocidade da partida e o adversário pede a variação”, declarou.

Como o Náutico tem a obrigação de vencer os maranhenses, o treinador foi bastante questionado na coletiva desta quarta-feira sobre sua opções táticas para a partida decisiva. Apesar disso, se manteve firme em defesa de seu esquema, explicando que prefere um time mais precavido e que aproveite melhor as oportunidades que aparecerem no ataque.

“Eu acredito mais de um time que joga de trás pra frente do que de frente pra trás. Estamos tentando deixar os jogadores mais próximos e dentro de sua zona de conforto. Ao mesmo tempo, sem a bola, temos de estar mais compactos e menos vulneráveis. Senão, vou morrer do coração. Não precisamos chegar 12 vezes lá. Temos que chegar seis e aproveitar quatro”, pontuou.

Cara
Fugindo um pouco da discussão tática, Lisca admitiu que o time precisa, sim, encontrar um “cara”. Mas não necessariamente a dele. “Não, a cara do Náutico. É isso que estamos buscando. Sou o comandante, mas temos que ter um time com a cara de todos nós. Um time competitivo e brigador”, afirmou.
Mais de Acervo