° / °
Esportes DP Mais Esportes Campeonatos Rádios Serviços Portais

Léo Medrado: 'O Retrô nasce grande: estrutura física, divisões de base fortes, salários em dia e folha dentro dos padrões'

O rótulo de quarta força do nosso Estado mudou de mãos

Por

3842013
Nasceu grande!
O rótulo de “4a Força” do nosso Estado mudou de mãos ao longo dos meus 50 anos. Quando criança, era o Central. Ainda adolescente, ouvi dizer que o América havia sido, na década de cinquenta. Já na fase adulta, assistí à interiorização prometida por Carlos Alberto Oliveira tomar corpo. Comercial de Serra Talhada, Paulistano , Estudantes de Timbaúba… O Central , todavia, mesmo raramente obtendo um resultado expressivo, manteve a alcunha. Na década de 90, o Vitória apareceu no início e o Porto no final. No início dos anos 2000, surgiu o Salgueiro. E finalmente tivemos um time do interior sagrando-se campeão. Mas, em todos esses longos anos, nenhum deles perdeu a condição de time “intermediário”. Nem o Salgueiro campeão. A prova maior? O campeão desistiu de jogar a edição deste ano por falta de… dinheiro!! Por ironia do destino, esse mesmo dinheiro está sendo responsável pela nova realidade do nosso futebol. Um empresário investe alto, cria um clube com estrutura de primeiro mundo e Pernambuco passa a ter efetivamente quatro grandes forças. O que significa mais imprevisibilidade nos confrontos. Ao invés de três, teremos seis jogos em que não poderemos cravar previamente os resultados. O Retrô nasce grande. Estrutura física (um dos melhores CTs do Brasil), divisões de base fortes, salários em dia, folha dentro dos padrões dos có-irmãos (o Sport é exceção). Vi o Retrô nascer. Acompanhei todo o processo. Talvez por isso, na contramão da maioria, defino-o como time grande e considero seu jogos contra o trio de ferro como “clássicos”. Não pela tradição, que ainda não existe , mas pela tendência de equilíbrio contínuo nos confrontos contra os grandes. As chegadas consecutivas às duas decisões, os sempre equilibrados duelos contra Santa e Náutico e a superioridade no confronto direto contra o Sport ontem, fortalecem minha tese.

[SAIBAMAIS]Muito à crescer
Duas vitórias. Nenhum gol sofrido. Adversário tradicionalmente difícil no interior. Copo “meio cheio”. Pouca craiatividade, finalização escassa e qualidade ainda imprevisível. Meio “copo vazio”. As análises sobre as duas atuações do Náutico são defensáveis. Boas perspectivas: Leandro Barcia e Paulo Sérgio. Um ponto positivo inquestionável: Patrick Alan. Vai evoluir? Só o tempo irá dizer…

Clássico visado
O Sport era favorito e o Santa, quase azarão. Essa era a visão de alguns cronistas sobre o encontro de amanhã, na Arena. Os rendimentos dos times, nas duas primeiras rodadas, azedaram o pirão dos futurólogos de plantão. No Santa, surpreendeu o volume de jogo no primeiro tempo das partidas contra Altos e Maguary, e as quase dez chances de gol criadas contra o Flamengo. No Sport, a insistência de Soso num 3-5-2 sem entrosamento, nas primeiras etapas contra Petrolina e Retrô, deixou no ar um sentimento de insegurança quanto à evolução deste elenco. A grande discussão é se ele insistirá nesse esquema tático contra o tricolor. Minha opinião? Acho que não. Errar três vezes seguidas poderá ser muito desgastante. Se é que me entendem…