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Médico explica que protocolo da CBF para volta do futebol é adaptável ao vírus

Guia com medidas de proteção prevê mudanças de procedimentos

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O guia médico de sugestões protetivas para o retorno do futebol no país, elaborado pela CBF por intermédio de uma Comissão Médica Especial, tem como característica a adaptação a mudanças de acordo com estudos sobre a COVID-19. O protocolo de segurança apresenta maleabilidade para novos procedimentos a serem adotados em caso de necessidade, conforme explicou o coordenador da junta de profissionais que trabalharam na criação do documento, o médico Jorge Pagura.

[SAIBAMAIS]Pagura, que é presidente da Comissão Médica e de Combate à Dopagem da CBF, disse que o protocolo será inserido no regulamento das competições promovidas pela entidade, como o Brasileiro das Séries A e B, além das etapas seguintes da Copa do Brasil. O estudo permite mudança repentina de normas e procedimentos que vão ao encontro de novas teorias sobre a COVID-19.

“É uma doença nova, novos conhecimentos vão surgindo, algumas teorias vão perdendo um pouco de valor, então é importante que o protocolo seja frequentemente atualizado. Ele mostra hoje uma fotografia do que temos de mais atual, mas pode surgir algo novo em 10 ou 15 dias, aí teríamos de modificar”, explicou o médico da CBF, em entrevista à Rádio Itatiaia.

“Então há vários anexos previstos para que realmente a gente vá mudando o protocolo, que já é encorpado, mas com atualizações que possam refletir o cenário brasileiro e também mundial”, acrescentou Jorge Pagura, que é neurocirurgião e convocou profissionais da área de saúde como epidemiologistas e infectologistas, além de médicos de clubes, como Rodrigo Lasmar, do Atlético e da Seleção Brasileira. Todos trabalharam em conjunto na elaboração do documento. 

“É um guia de sugestões de proteção, não poderia ser diferente. Trabalhamos com a proteção de todos aqueles que estarão na zona sensível, onde ocorrem as competições. Os cuidados terão que ser tomados. No caso dos treinos, cabe aos clubes esse cuidado. No caso das competições, principalmente as organizadas pela CBF, cabe à CBF. Então, o protocolo tem que ser rígido”, frisou.

Jorge Pagura ressaltou que o protocolo engloba todos os profissionais envolvidos na realização dos jogos, entre eles a imprensa. “Uma diretriz será lançada antes do Campeonato Brasileiro e das demais competições da CBF, quando o futebol estiver liberado para voltar. E lá estarão definidos os critérios para participação dos grupos que trabalham nessa chamada zona sensível. Reconhecemos o trabalho de cada um, como a imprensa, e por isso o protocolo é para proteção de todos”, comentou.