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Presidente do Cruzeiro, Wagner Pires de Sá presta depoimento na sede da Polícia Federal

Mandatário foi convocado como testemunha para a Operação Escobar

Publicado: 18/06/2019 às 13:29

Wagner Pires de Sá:
O presidente do Cruzeiro, Wagner Pires de Sá, prestou depoimento na manhã desta terça-feira, na sede da Polícia Federal, no Bairro Gutierrez, Região Oeste de Belo Horizonte. Ele foi intimado pela corporação como testemunha para dar esclarecimentos sobre a Operação Escobar, que investiga vazamentos de documentos sigilosos da PF. Não está descartada a possibilidade de o dirigente cruzeirense se tornar um dos alvos desse inquérito, já que membros da cúpula celeste são suspeitos de cometer crimes de lavagem de dinheiro, falsificação de documentos e falsidade ideológicaCarlos Alberto Arges Júnior representou o vice-presidente de futebol Itair Machado em um processo contra o ex-dirigente Bruno Vicintin.

Operação Escobar

A Operação Escobar é desdobramento da Operação Capitu, investigação sobre suposto esquema de corrupção no Ministério da Agricultura no governo da ex-presidente Dilma Rousseff. Em novembro de 2018, a Capitu apreendeu documentos na residência de Andrea Neves, irmã do deputado federal Aécio Neves (PSDB/MG), como suposta beneficiária de informações privilegiadas cedidas por agentes da corporação a advogados, em Belo Horizonte.

Em 5 de junho, a PF prendeu quatro investigados - três mandados de prisão preventiva e um de prisão temporária. Os agentes cumpriram sete mandados judiciais de busca e apreensão nos escritórios de Ildeu da Cunha Pereira e Carlos Alberto Arges Júnior. A Polícia apreendeu o celular de Sanzio Baioneta Nogueira, defensor de Andrea Neves, e cumpriu mandados de intimação para que "possíveis envolvidos prestem esclarecimentos".

De acordo com a PF, a investigação teve início após a apreensão, “na casa de investigados”, de documentos sigilosos e internos da Polícia Federal, quando do cumprimento de mandados da Operação Capitu, em novembro de 2018. “Feitos os levantamentos e inúmeras diligências, foi possível constatar que advogados teriam cooptado servidores desta instituição, no intuito de obter, de forma ilegal, acesso a informações sigilosas ligadas a investigações em andamento nesta Superintendência”.

Segundo a investigação, os advogados com “acesso privilegiado às informações usavam tal artifício para oferecer a seus clientes facilidades ilegais”, o que prejudicava as investigações e colocava “em risco a segurança dos policiais envolvidos nos trabalhos”.

A respeito da prisão de dois agentes, a Polícia Federal destacou. “A repressão contra atos de servidores do órgão policial é extremamente sensível e, embora cause desconforto aos investigadores e a toda a instituição, é essencial para a manutenção da lisura e do compromisso que a Polícia Federal tem de servir à sociedade brasileira”.
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