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Flamengo leva sete balões de oxigênio para jogo na Bolívia pela Libertadores
Rubro-negro enfrentará 3,7 mil metros de altitude em Oruro
O cardiologista do Flamengo, Serafim Borges, disse em entrevista ao site oficial do clube que, desde o sorteio dos grupos da Copa Libertadores, o clube passou a estudar como minimizar os efeitos da altitude. "Os atletas fizeram um trabalho especial para fortalecimento da musculatura respiratória. E também uma suplementação com vitamina C e sulfato ferroso, para colocar mais hemoglobina. Quanto mais hemoglobina tem no sangue, você consegue conduzir mais oxigênio", explicou.
A cidade de Oruro é a de maior altitude entre os clubes desta Libertadores. O sorteio ainda reservou para o Flamengo um outro desafio em cidades de ar rarefeito. Na fase de grupos o time carioca terá de enfrentar a LDU de Quito, no Equador, cidade a cerca de 2,8 mil metros acima do nível do mar e com condições também complicadas para a equipe, como a falta de oxigênio e a velocidade da bola.
Para tentar minimizar os efeitos da altitude, o Flamengo viajará apenas no dia da partida. O time está desde o fim de semana em Santa Cruz de la Sierra, cidade boliviana ao nível do mar, e planejava chegar a Oruro apenas na hora do compromisso. Porém, como o regulamento da competição exige que o time visitante esteja na cidade no mínimo 6h30min antes do começo do jogo, a comissão técnica teme que os jogadores possam se sentir mal.
"A partir da sétima hora de você exposto à altitude, a situação começa a piorar. O que piora? Você aumenta muito a frequência cardíaca e respiratória e perde performance. Seria necessário estar lá (em Oruro) há quatro semanas, mas é impossível pelo calendário", explicou o médico. O clube levará os balões de oxigênio para os jogadores usarem caso se sintam mal durante a partida.
O Flamengo também se preocupa com a saída do estádio. Geralmente após as partidas na altitude os jogadores costumam passar mal. O retorno costuma demorar um pouco porque é necessário toda a delegação aguardar que os atletas sorteados possam fazer a coleta de urina para o exame antidoping.
"Se o jogador que for para o doping demorar muito a urinar, isso complica. Já tive um problema com a seleção brasileira. O time fica preso e as pessoas começam a passar mal no ônibus, jogadores com pressão alta, vomitando", contou Borges.