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Nada ganho! Fábio usa exemplos vivenciados no Cruzeiro para manter pés no chão em duelo contra o Flamengo pela Libertadores
Goleiro evita alarde com vitória construída no jogo de ida, no Maracanã
É inegável a boa vantagem construída pelo Cruzeiro nas oitavas de final da Copa Libertadores. No jogo de ida, disputado no Maracanã, em 8 de agosto, o time celeste venceu o Flamengo por 2 a 0, gols de Arrascaeta e Thiago Neves. Mesmo se empatar ou até perder por um gol de diferença nesta quarta-feira, às 21h45, no Mineirão, a Raposa assegurará sua classificação para as quartas de final da competição sul-americana. Mas o discurso interno é de que não há nada ganho. Atleta mais antigo do elenco, o goleiro Fábio, de 37 anos, usa as próprias experiências vivenciadas no clube para defender a tese pregada pelo técnico Mano Menezes em entrevista no sábado, logo após a vitória por 2 a 1 sobre o Fluminense, pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro.
“Eu tenho o mesmo pensamento que o Mano colocou dentro da entrevista dele depois do jogo contra o Fluminense. São duas grandes equipes acostumadas a jogos difíceis e decisões. Isso serve para que possamos estar mais focados ainda nas dificuldades que vamos encontrar. Independentemente do que fizemos na primeira partida, não é suficiente para classificar. Temos que colocar em prática agora, junto do nosso torcedor, que está confiante, que temos qualidade para passar à próxima fase”.
Fábio lembrou da quarta fase da Copa do Brasil de 2017, em que o Cruzeiro ganhou do São Paulo no Morumbi, por 2 a 0, e quase se complicou ao perder o segundo jogo, no Mineirão, por 2 a 1. O inverso também foi colocado como exemplo: a equipe mineira foi derrotada pelo Grêmio na partida de ida das semifinais, por 1 a 0, e venceu pelo mesmo placar na volta. Nos pênaltis, ganhou por 3 a 2 e avançou à final.
“Vivenciamos muitas situações parecidas no ano passado. Tivemos um jogo bom contra o São Paulo, mas no Mineirão enfrentamos dificuldade. Serve de experiência. Tivemos também resultados negativos, como na derrota para o Grêmio, que até era o favorito ao título da Copa do Brasil na ocasião. E nós, mesmo saindo derrotados, jogamos no Mineirão com o objetivo de classificar à final e conseguimos. O Flamengo tem o mesmo pensamento que nós tivemos em outras ocasiões. E nós do Cruzeiro temos em mente o trabalho que o Mano passará nesses dois dias para conseguirmos a classificação”.
Com 788 jogos pelo Cruzeiro, Fábio já amargou frustrações em classificações que pareciam certas em Copas Libertadores. Na edição de 2011, o time venceu o Once Caldas por 2 a 1, no jogo de ida das oitavas de final, na Colômbia, e perdeu o segundo confronto por 2 a 0, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas. Já em 2015, o clube amargou uma das maiores decepções de sua história: derrota por 3 a 0 para o River Plate, no Mineirão, após triunfo heroico no Monumental de Nuñez, pelas quartas de final.
Pênaltis
Quando o assunto é pênalti, Fábio tem complicado a vida dos atacantes adversários. Nas quartas de final da Copa do Brasil, ele pegou as três cobranças do Santos (Bruno Henrique, Rodrygo e Jean Mota) e ajudou o Cruzeiro a vencer por 3 a 0, no Mineirão. Já no empate por 1 a 1 com o Grêmio, em Porto Alegre, pela 20ª rodada do Brasileiro, defendeu o pênalti do atacante Luan. Apesar das quatro intervenções consecutivas e da notória grande fase, o camisa 1 prefere que a Raposa faça o dever de casa e avance às quartas de final da Libertadores no tempo normal.
“É tudo muito natural. Jogos de mata-mata, independentemente do que aconteceu anteriormente, sempre todo mundo está focado nos detalhes. Nosso pensamento é resolver no tempo normal, fazer um belo jogo, todo mundo consciente e consistente. É o que esperamos para seguir firmes na próxima fase da Copa Libertadores”.