Seleção de Tite lembra campanha de Luiz Felipe Scolari antes do penta

Faltam 99 dias para a Copa do Mundo de 2018, na Rússia. Ainda há a reta final para o técnico Tite preparar a Seleção Brasileira — incluindo dois amistosos importantes para o time, contra Rússia e Alemanha, em 23 e 27 de março, respectivamente —, mas a comparação com a última conquista do Mundial é inevitável. Há 16 anos, Luiz Felipe Scolari chegou à Seleção Brasileira em uma situação parecida com a do atual treinador. Teve mais tempo, é verdade, mas os dois receberam o time em situações complicadas nas Eliminatórias e resolveram o problema. De qualquer forma, é possível fazer uma comparação entre o passado e o presente levando em consideração 14 partidas essenciais para a equipe antes da competição mais importante do futebol.

Felipão, ao assumir a Seleção em 2001, teve a chance de disputar a Copa América. Para ser justo na comparação entre os dois, o torneio vai ficar de fora. As 14 partidas levadas em consideração são de Eliminatórias e amistosos. No caso de Luiz Felipe, o Brasil disputou seis jogos na qualificação para a Copa de 2002, com três vitórias e três derrotas. Também participou de oito confrontos preparatórios, com sete vitórias e um empate.

Tite teve mais trabalho no qualificatório sul-americano, com 11 partidas. Em compensação, venceu nove delas e empatou apenas duas. Para completar o mesmo número de Felipão, o ex-treinador do Corinthians fez três amistosos, com duas vitórias e uma derrota. No cômputo geral, Tite levou 11 vitórias, dois empates e uma derrota. Luiz Felipe conseguiu 10 vitórias, um empate e três derrotas.

Ao analisar os gols, marcados e sofridos, a disputa é mais acirrada. Com Tite, a Seleção fez o total de 32, com média de 2,28 gols por jogo, e sofreu apenas quatro. Já com Felipão, o time marcou 36, obtendo a média de 2,57 gols por partida, mas nove tentos sofridos. Um ponto de coincidência entre Tite e Felipão é a média de idade. No pentacampeonato era de, aproximadamente, 26,63 anos. Agora, é de 27,18 anos.

Naquela época, a exportação de jogadores brasileiros já existia, mas não com a força de hoje. Por isso, dos 23 atletas chamados para a Copa do Japão e da Coreia do Sul, 12 atuavam no Brasil; cinco, na Itália; três, na Espanha; dois, na França; e um, na Alemanha. Tite, até agora, confirmou 16 “eleitos”: Alisson, Daniel Alves, Marquinhos, Miranda, Marcelo, Casemiro, Paulinho, Renato Augusto, Coutinho, Neymar, Gabriel Jesus, Ederson, Thiago Silva, Fernandinho, Willian e Roberto Firmino.

Ou seja, nenhum joga em território brasileiro. São cinco da Inglaterra, quatro da Espanha, quatro da França, dois da Itália e um da China. Jogadores como Diego Souza (São Paulo), Diego (Flamengo) e Cássio (Corinthians) têm sido chamados com frequência e contam com grandes chances de disputar o Mundial da Rússia. o Mundial da Rússia.

A convocação para os dois amistosos contra Rússia e Alemanha, os últimos antes da definição do grupo que vai à Copa do Mundo, estava marcada para a última sexta, mas Tite adiou para a próxima segunda, dia 12, em razão do elevado número de jogadores que estavam lesionados ou voltando de contusões — eram pelo menos cinco.