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Encorajai os Nonocas
'Mano precisa ter mais confiança e encorajar os meninos. Com este calendário desumano, recorrer às categorias de base tem sido uma tendência, e quase uma obrigação'
Para a partida contra o Bahia, em Salvador, Mano Menezes não tinha os zagueiros Dedé e Manoel, lesionados, e nem Caicedo, que estava servindo à Seleção Equatoriana. Sobraram Leo e o garoto Murilo.
Mano não pestanejou em improvisar o volante Henrique na zaga. A tragédia se anunciou quando, praticamente no primeiro lance, o camisa 8 foi expulso. O técnico celeste ainda hesitou por eternos 20 minutos, até resolver lançar o garoto Murilo.
Porém, naquela altura, a vaca já tinha se encaminhado para o brejo. Com um a menos e apenas um zagueiro em campo, o Cruzeiro levou o gol e não teve forças para ao menos empatar. Depois que Murilo entrou, o Bahia não ameaçou mais e a interrogação que ficou foi: por que não colocou o garoto logo de cara? Faltou coragem ao técnico celeste?.
Hoje, depois de muitas paçocas entregues por Caicedo (que vive sérios problemas pessoais), finalmente Mano Menezes deu sequência a Murilo. Coincidência ou não, a defesa parou de tomar tantos gols. Aparentemente se acertou e até o Leo melhorou. Pasmem!
Podemos considerar que hoje a zaga seria Murilo e mais um, certo? Pela lógica, sim. Mas conhecendo bem o técnico estrelado, não duvidem de mais uma incoerência e o garoto volte para o banco com a iminente volta de Manoel.
Caso semelhante pode ser o do volante Nonoca. O menino, igualmente egresso da Toca da Raposa I, vem entrando muito bem, mostrando qualidade e personalidade. Diante de tantos problemas físicos no Cruzeiro, seria uma solução barata e muito bem-vinda.
A propósito, que nome maravilhoso! Em tempos de pomposos nomes compostos, Nonoca é um sopro de futebol-raiz. Sou do tempo em que jogadores como Cafu, Dunga, Bebeto, Branco etc, brilhavam na Europa e na Seleção. Tomara que os marqueteiros não demovam o Lucas Ventura de ser eternamente Nonoca.
Um amigo me abordou hoje: “Nonoca não dá! Com esse nome não tem futuro”. Imaginem se tivessem dito isso ao ídolo eterno Tostão?
Mano precisa ter mais confiança e encorajar os meninos. Com este calendário desumano, recorrer às categorias de base tem sido uma tendência, e quase uma obrigação, entre os treinadores brasileiros. Então, deixem os meninos jogar, permitam que Murilos e Nonocas mostrem a bola que sabem, com o nome ou apelido que bem entenderem.
Cuidado com os meninos de Abel
O próximo desafio do time celeste será diante de uma equipe recheada de garotos. O Fluminense de Abel se prima pela juventude.
Garotos como o lateral Leo, os volantes Wendel e Marlon Freitas e o meia-atacante Calazans são ainda desconhecidos do grande público, porém, gratas promessas. Fora os mais conhecidos, como Scarpa, Orejuela e Richarlison (ex-América). Time veloz e habilidoso que ainda conta com o improvável artilheiro Henrique Dourado.
O Cruzeiro terá que se valer da força dos garotos e também da experiência de seu grupo para garantir mais um triunfo. Força, Cruzeiro!