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Ataque do Atlético mostra números positivos, mas tem chutado pouco

Mesmo com bom potencial ofensivo e qualidade na frente, Galo chuta pouco

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[SAIBAMAIS]Os números do setor ofensivo do Atlético são até positivos em 2017 – 21 gols em 10 jogos, com média de mais de dois por partida. Mas a realidade é que o índice de chutes a gol do Atlético sob o comando de Roger Machado vem sendo abaixo da expectativa, num grupo com atletas badalados e de alto potencial ofensivo. Seja pela mudança no esquema tático para o 4-1-4-1 ou mesmo pela baixa produtividade dos homens de frente, o alvinegro teve poucas finalizações certas nesta temporada, o que ficou ainda mais evidente no empate por 1 a 1 com o Godoy Cruz, em Mendoza, na estreia na Copa Libertadores.

Na Argentina, o Galo chegou de fato ao gol adversário somente uma vez: no pênalti convertido por Fred. Aliás, o camisa 9 vive momento curioso: artilheiro do Galo neste ano, com 10 gols, o atacante finalizou apenas 15 vezes, demonstrando grande índice de acertos. Goleador máximo do futebol nacional em 2016, com 25 gols, Robinho ainda não balançou a rede nos quatro jogos em que esteve em campo em 2017. O reserva Rafael Moura, que marcou dois, acertou apenas oito dos 12 chutes que tentou,em sete jogos.

Em seu melhor início de carreira, Fred prefere valorizar o lado coletivo da equipe e a invencibilidade no Campeonato Mineiro e na Libertadores: “Estou feliz pelo momento e porque a equipe tem mantido a sequência de bons resultados. Perdemos apenas um jogo no ano (contra o Cruzeiro). Queria uma vitória na Argentina na nossa estreia. Mas sabíamos que seria desta forma, por ser Libertadores, num caldeirão. Fico satisfeito por ter feito gol e por termos conquistado um ponto fora de casa”.

A baixa produtividade ofensiva de Robinho pode ser atribuída à nova posição no esquema de Roger – ele joga como um armador central, mais distante do gol – e à falta de ritmo de jogo, já que o atacante ficou quatro semanas parado em virtude de fratura na terceira vértebra da coluna. Robinho só estreou na goleada sobre o América por 4 a 1, no Mineirão, mesmo assim entrando na metade do segundo tempo. Depois, o camisa 7 esteve em campo contra Democrata-GV, Villa Nova e Godoy Cruz. Num quesito ele se destacou: deu duas assistências para Fred marcar.

Amigo de Robinho, o lateral-esquerdo Fábio Santos acredita que o companheiro vai crescer à medida que a equipe estiver ajustada: “O conjunto ainda tem muito a evoluir. Ele fez seu segundo ou terceiro jogo no ano atuando 90 minutos. Voltou de lesão e perdeu o início da temporada. Vamos precisar muito dele, temos a certeza de que ele vai render muito ainda”.

Sob o comando de Marcelo Oliveira, no último Brasileiro, Robinho atuou como atacante pelo lado esquerdo e como armador central. Com Roger, ele faz parte da segunda linha de quatro jogadores, com constantes trocas de funções e obrigação de marcação, assim como Elias, Danilo e Otero.

ENTROSAMENTO


O Galo só volta a campo na segunda-feira, contra o Tupi, às 20h, no Independência, pela sétima rodada do Mineiro. Roger Machado segue com o objetivo de melhorar o entrosamento do time titular e a tendência é que não poupe ninguém, até porque a equipe não terá jogos no meio de semana neste mês. A equipe volta aos trabalhos na tarde desta sexta-feira, na Cidade do Galo.