Acervo
CRUZEIRO

Surpreendente, firme com a imprensa e matador: Ábila é analisado por ex-jogadores do Cruzeiro

Evaldo, Palhinha, Deivid e Charles elogiam atacante por bom momento vivido

Publicado: 11/09/2016 às 08:00

Ábila marca gol na vitória por 5 a 2 sobre o Botafogo, pelas oitavas de final da Copa do BrasilO momento vivido por Ramón Ábila é impressionante. Recém-chegado ao Brasil, o atacante argentino marcou nove gols nas primeiras 11 partidas disputadas com a camisa do Cruzeiro. E, além de ter caído nas graças da torcida num momento de franca ascensão da equipe na temporada, 'Wanchope' também recebeu elogios de ex-centroavantes que marcaram época no clube.

Em entrevistas ao Superesportes, Evaldo, Palhinha, Deivid e Charles analisaram o desempenho de Ábila até aqui.

Evaldo, atacante dos anos 1960 e 1970, com 108 gols
Evaldo defendeu o Cruzeiro nos anos 1960 e 1970 e fez parte de grandes times da história do clube
Ele é um centroavante rompedor. E arremata de qualquer distancia, de qualquer jeito. É um artilheiro. Não é um craque, como muitos acham. Mas o Cruzeiro precisava de alguém, e ele manda a bola para dentro. E outro aspecto interessante é que ele está fazendo sucesso nas entrevistas. Ele mostrou a personalidade dele nas entrevistas, o modo de falar, as ideias transmitem confiança. Torcedor não fala de outra coisa. Se ele não estivesse fazendo gols, iam achar que é petulante. Mas ó momento é dele, e o clube tem que se aproveitar disso.

Palhinha, artilheiro dos anos 1960 e 1970, com 145 gols
Palhinha centroavante do Cruzeiro nos anos 1960 e 1970 e conquistou a Libertadores em 1976
Foi uma boa contratação. Um jogador que surpreendeu. Ninguém esperava que o rendimento dele fosse tão bom. Tem facilidade, chuta com as duas pernas. Não é muito habilidoso para fazer tabelas, mas marca presença pela força física. Tem uma conclusão muito boa. Isso, somado às boas contratações, como a de Rafael Sobis, por exemplo, fez o Cruzeiro melhorar de rendimento.

Charles, atacante do Cruzeiro em 1991
Charles defendeu o Cruzeiro em 1991 e 1992 e conquistou o título da Supercopa
Ele chegou num momento difícil do Cruzeiro e tem se mostrado competente, fazendo gols num período de reabilitação. Não é à toa que o torcedor está eufórico. A adaptação foi muito rápida. No Campeonato Argentino, o futebol é diferente, com muita pegada, disputa, virilidade. Quando eles (argentinos) vêm para cá, se adaptam melhor porque, no Brasil, o futebol é bem jogado. Aí, o cara que tem disposição e qualidade se sobressai, justamente por conta da força física. E é o caso dele.

Deivid, atacante do Cruzeiro 2003 e técnico em 2016
Deivid foi centroavante do Cruzeiro em 2003 e técnico do time no início da temporada 2016
O Ábila me chama atenção desde a Libertadores. Vi jogos dele desde quando eu estava parando de jogar futebol. É um jogador diferente. O Cruzeiro tem um lugar só para monitorar jogadores, sob responsabilidade do Toninho (Antônio Almeida, analista de mercado do clube). E isso é muito interessante, pois minimiza o erro. O Ábila é inteligente, finalizador. Dá opção para o ponta e para o meia. Quando você sai do país, geralmente se tem um ano de adaptação. Mas com ele foi muito rápido. É um jogador com perfil europeu, não tenho dúvida. Trabalha bastante, nunca desiste. Sempre com intensidade, dinâmica.

Mais de Acervo