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Desfalcado, Atlético cria chances, mas precisa chutar mais de vinte vezes para fazer um gol

Comandados de Marcelo Oliveira amargam o posto de quarto pior ataque da Série A

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Com técnico novo e um time recheado de desfalques, o Atlético tem acumulado resultados ruins nas primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro. A equipe até cria chances, mas esbarra na falta de pontaria de seus jogadores. Para fazer um gol, os comandados de Marcelo Oliveira precisam chutar mais de vinte vezes contra a meta adversária.

Em cinco rodadas até aqui, o Atlético acumula 85 finalizações - a maior marca da competição, seguido de perto pelo Cruzeiro (83). No entanto, foram apenas quatro gols marcados - média de 21,25 chutes por gol, segundo dados do Footstats. Só o Sport (26) precisa de mais arremates que o Galo para balançar as redes.

“Criamos muitas situações de gol, mas sem tanto a contundência, sem o poder de conclusão. Comigo, nos últimos três, quatro anos, as equipes sempre estiveram na frente em relação a gols e a finalização. E isso é muito trabalhado no dia a dia para que possamos melhorar e termos uma confiança maior para fazer o gol”, afirmou o técnico Marcelo Oliveira.

Posse de bola sem efetividade

Apesar de 11 desfalques - alguns deles considerados titulares -, o Atlético tem conseguido manter a posse de bola e criar oportunidades nas partidas do Brasileirão.

"Nossa equipe sempre teve a característica de criar bastante, e é uma das mais ofensivas. Mas está faltando capricho para fazer o gol. A falta de treino e oportunidade para o Marcelo passar orientações está dificultando", analisou Marcos Rocha.

O Galo trocou 1922 passes certos no Campeonato Brasileiro até aqui e é a quinta melhor equipe neste quesito na Série A, atrás apenas de Corinthians (2281), Santos (2057), Cruzeiro (2047) e Flamengo (1950). Entre os jogadores do clube, os líderes neste fundamento são Rafael Carioca, Marcos Rocha e Leandro Donizete.

A qualidade técnica demonstrada para manter a posse de bola e tirá-la da zona de pressão adversária, no entanto, não tem sido efetiva nos lances mais agudos. No segundo tempo do duelo dessa quarta-feira contra o Fluminense, por exemplo, a equipe sofreu para entrar na área rival e precisou recorrer aos chutes de média distância. O problema é que nenhuma das cinco finalizações de fora da área levou perigo ao goleiro Diego Cavalieri. O cenário tem se repetido no campeonato como um todo. Dos 85 chutes do time até aqui no campeonato, 54 não foram em direção ao alvo.

O Galo tem a posse de bola e finalizou mais vezes que o adversário em quatro dos cinco jogos no Brasileiro. A exceção é o empate por 1 a 1 contra o Vitória, no Barradão, quando as duas equipes chutaram 14 vezes a gol.

Na única derrota do Atlético na competição, o Grêmio precisou de apenas sete finalizações para marcar três gols. Enquanto isso, o Galo chutou 11 vezes e não conseguiu balançar as redes.

Na direção contrária do Atlético, o Santa Cruz e o Internacional têm provado que não é preciso finalizar muito para vencer jogos. O time pernambucano marca um gol a cada três chutes e, até a quarta rodada, estava no G4. Já a equipe gaúcha é apenas a 14ª no ranking de número de finalizações e, mesmo assim, lidera o campeonato.

Menos gols que artilheiros

Com quatro gols marcados no Brasileirão, o Galo tem ataque superior a apenas três clubes: Botafogo, Sport e América. Além dos times, outros quatro atletas têm, pelo menos, o mesmo número de tentos que o Atlético. Grafite e Bruno Rangel são os artilheiros do campeonato com seis gols, enquanto Kieza e Rafael Moura (emprestado pelo Galo ao Figueirense) fizeram quatro.

Para melhorar o baixo aproveitamento, a equipe treinou finalizações nesta semana e terá a oportunidade de buscar a primeira vitória da 'era Marcelo Oliveira' contra o Sport, neste domingo, às 16h, no Recife.