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Primeira missão cumprida

Galo custa a achar o rumo do gol, mas, de tanto insistir, despacha URT e espera o rival na decisão do Mineiro. Com um duelo com o Racing pela Libertadores no meio do caminho

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No papel, o primeiro objetivo de 2016 foi cumprido à risca: a classificação à decisão do Campeonato Mineiro pela 10ª vez consecutiva. Mas a exibição do Atlético esteve longe de ser das melhores na vitória por 2 a 0 sobre a URT, na tarde de sábado, no Independência, em ambiente de críticas da torcida e vaias a Diego Aguirre. O alvinegro demorou a superar a forte retranca do adversário e só conseguiu fazer os gols e decretar a vitória na segunda metade da etapa final.

O jogo no Horto serve de parâmetro para os jogadores, que agora se dedicam exclusivamente ao duelo com o Racing pelas oitavas de final da Copa Libertadores, quarta-feira, às 19h30, em Avellaneda. O grupo está consciente de que precisa ser mais incisivo contra adversários fortes na defesa para ir adiante na competição continental.

Para o lateral-direito Marcos Rocha, a equipe precisa ter meios para sair da cerrada marcação: “O adversário conseguiu manter a marcação individual até os 20min do segundo tempo, mas nosso ritmo foi forte, eles deram brecha e espaço com o passar do tempo, e conseguimos fazer o primeiro e o segundo. Agora o foco é a Libertadores, em que temos que aumentar nosso nível. O que fizemos hoje (ontem) é insuficiente para vencer”.

A URT deixa o Campeonato Mineiro com a condição de campeã do interior e saldo positivo. Em todas as oportunidades em que enfrentou os grandes da capital, mostrou-se valente e organizada taticamente. Contra o Galo, a tática foi inversa, uma vez que Ademir Fonseca optou por fortalecer a marcação. O time até que suportou por bastante tempo a pressão alvinegra.

Aguirre minimizou as críticas da torcida e destacou que a vitória deve ser valorizada, em meio às dificuldades naturais da partida: “Às vezes, não encontramos nosso estilo de jogo ou não aparece o gol que encaminha o triunfo. Não interessa se fizermos sete ou um, o importante é que estamos na final. Vamos pensar nos objetivos. Gostei da atitude dos jogadores, estamos todos os dias trabalhando para tentar o melhor. Estou feliz”.

PAREDÃO

Era nítido que o jogo seria de paciência. A URT tentou dificultar ao máximo a estratégia dos donos da casa, de pressionar desde o início em busca do primeiro gol. Como se viu poucas vezes do Horto, o time de Patos de Minas armou uma retranca bem montada, com as linhas de defesa definidas. Além disso, o Galo esbarrou na grande atuação de Follmann, goleiro revelado no Grêmio. Jogando de amarelo, o camisa 1 tentou fechar a meta de todos os jeitos, parando Robinho, Lucas Pratto e cia. com as mãos e com os pés. Ele já havia sido o principal jogador da equipe no empate sem gols com o Cruzeiro e na vitória sobre o próprio Galo por 1 a 0, em Patos.

Mas, no segundo tempo, a casa caiu para a sensação do campeonato. De tanto insistir, o Atlético marcou seus gols, em jogadas bem trabalhadas coletivamente: o primeiro com Lucas Pratto e o segundo com Rafael Carioca. Artilheiro do Mineiro, com nove gols, Robinho mais uma vez passou em branco contra Follmann – dos goleiros que o camisa 7 enfrentou na competição, o gaúcho e o cruzeirense Fábio foram os únicos que ele não superou.

O Atlético folga neste domingo e inicia segunda a maratona para trazer a classificação às quartas de final da Libertadores. A viagem para Buenos Aires será pela manhã. Os jogadores treinarão à tarde no CT da Seleção Argentina e farão na terça-feira o reconhecimento do gramado do Juan Perón. O jogo de volta contra o Racing será em 4 de maio, às 21h45, no Independência.

Atlético 2 x 0 URT

Atlético
Victor; Marcos Rocha, Leonardo Silva, Erazo e Douglas Santos; Leandro Donizete (Cazares 45 do 2º), Rafael Carioca, Júnior Urso e Dátolo (Clayton 32 do 2º); Lucas Pratto e Robinho (Hyuri 32 do 2º)
Técnico: Diego Aguirre

URT
Follmann; Alex Murici, Mauro Viana, Robinho e Rodrigo Crasso; Leandro, Ramos, Marco Antônio (Leomir, intervalo) e Carlos Magno (Rafael Magalhães 23 do 2º); Kelvin (Gabriel Davis, intervalo) e Balotelli
Técnico: Ademir Fonseca

Estádio: Independência
Gols: Lucas Pratto 26 e Rafael Carioca 47 do 2º
Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro
Assistentes: Marconi Helbert Vieira e Alan Costa de Oliveira
Cartão amarelo: Carlos Magno, Marco Antônio, Mauro Viana, Leandro Donizete, Leonardo Silva e Erazo
Pagantes: 16.111
Renda: R$500.440