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Gol de Rodriguinho, "novo Fábio Baiano", faz corintianos recordarem vitória épica de 2004

Rodriguinho marcou depois de permanecer em campo mesmo machucado

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Assim que foi marcado o segundo gol do Corinthians na vitória por 3 a 0 sobre o São Bernardo, alguns jogadores começaram a sinalizar ao banco, pedindo substituição. O próprio autor do tento, Rodriguinho, estava contundido antes mesmo de bater de perna esquerda da meia-lua.

Quando percebeu quem era o homem a sair, um torcedor no setor atrás dos bancos de reservas do estádio Primeiro de Maio começou a se divertir: “É o novo Fábio Baiano”. Era um exagero e uma referência a um triunfo obtido no Campeonato Brasileiro 2004, também sob comando de Tite, em condições bem mais adversas.

Em 26 de julho daquele ano, o Corinthians se viu em situação difícil no Pacaembu, com um a menos por causa da expulsão de Wendel. Quando Fábio Baiano teve lesão muscular na coxa e começou a se arrastar em campo, o time da casa ficou efetivamente com nove atletas. Ou quase isso.

Já aos 42 minutos do segundo tempo, após uma ginga do atacante Jô, o meio-campista viu a bola na intermediária e arriscou um último pique, manquitolando. Conseguiu o domínio, suportou a dor para chutar forte da meia direita e acertou o ângulo direito de Harlei.

Rildo, hoje atacante do Corinthians, era um torcedor que estava colado no alambrado e perdeu o chinelo chutando o ar na comemoração. Tite não perdeu o sapato no gramado, mas também comemorou muito. Só não recordou aquele momento, na última quarta, porque não teve a imaginação tão fértil quanto a do torcedor atrás de seu banco.

“Na verdade, o lance do Rodriguinho me lembrou o gol contra a Ponte”, afirmou o treinador, apontando chute parecido do próprio Rodriguinho no ano passado. “O Fábio vinha mais de trás, mas tem essa coisa de suportar a dor. Falo para os atletas: ‘Tem que suportar dor’. Atleta de alto nível vai passar por essas situações. O Rodrigo passou por cima.”

Nem tão dramaticamente quanto Fábio Baiano. Rodriguinho estava apenas com um desconforto na parte de trás da coxa direita. Sua equipe já estava à frente no marcador. E, diferentemente do que ocorreu na década passada, Tite não tinha gastado todas as suas substituições.

“Só falta ele me dizer que a perna que estava sentindo era a esquerda, a do chute. Vai me deixar louco”, brincou o treinador, sabendo que se tratava da outra coxa. De qualquer maneira, o potiguar já foi descartado da partida de sábado, contra o Ituano, em Itaquera. O torcedor que teve a visão do “novo Fábio Baiano” provavelmente estará lá.