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Em jogo sem emoções, Figueirense e Coritiba não saem do zero em Santa Catarina

Com empate, Coritiba cai para a 19ª posição; Figueirense também cai e fica em 15º

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Em jogo de baixíssimo nível técnico na tarde deste domingo, Figueirense e Coritiba empataram sem gols no estádio Orlando Scarpelli. Se o primeiro tempo foi morno e sem emoções, a etapa final desenrolou-se de forma aberta, mas a falta de criatividade das equipes e qualidade na conclusão das jogadas culminou no 0 a 0.

O goleiro Wilson, que reencontrou seu ex-time, o Figueirense, teve atuação destacada no Coxa ao corresponder sempre que solicitando, mostrando segurança para defender as poucas chances criadas pelo Figueirense. No time de Argel Fucks, que teve a estreia do volante João Vítor, subsituído no segundo tempo, o destaque foi o meia Rafael Bastos, que tentou chamar a responsabilidade para criar as jogadas e dar mobilidade ao Figueirense.

O empate mantém o Figueirense com 16 pontos, na 15ª posição, e próximo da zona de rebaixamento. Já o Coritiba segue integrando a degola, com dez pontos, e está a dois do Vasco. Na próxima rodada, o Coxa recebe o Corinthians, enquanto o Figueirense visita o Atlético-MG, líder da competição.

Vivendo a amargura de estar na parte debaixo da tabela, Figueirense e Coritiba foram a campo na tarde deste domingo, no estádio Orlando Scarpelli, e pouco demonstraram nos primeiros 45 minutos de jogo. Com dificuldades na criação, nem o apoio da torcida fez o Figueirense controlar o jogo diante do Coritiba.

Com Marcão e Thiago Santana isolados no comando de ataque, a bola não era trabalhada no meio-campo, e o time de Argel Fucks apelava apenas para jogadas laterais, bolas aéreas e ligações diretas. As poucas variações nas jogadas de ataque facilitou o trabalho da defesa paranaense, que se manteve bem postada e facilitou o trabalho do goleiro Wilson, criado no Figueirense, que não praticou nenhuma intervenção na etapa inicial.

Se não levou sustos, o Coxa também não inspirou cuidados. Os experientes Marcos Aurélio e Lucio Flavio tentavam ditar o ritmo no meio-campo do Coritiba, mas a marcação firme do Figueirense, que ficava bem postado ao recuar ao campo de defesa, impedia qualquer lance de efeito. O time chegou em chutes de fora: uma vez com Lucio Flavio, de falta, e outra vez com Marcos Aurélio, que por pouco não surpreendeu Alex Muralha.

Apesar da monotonia, o primeiro tempo ficou marcado por dois lances polêmicos no ataque do Figueirense. No primeiro, Paulo Roberto cabeceou a bola, que desviou no braço de Ivan e saiu pela linha de fundo, mas o árbitro mandou o jogo seguir. Em outro, já na reta final do primeiro tempo, Thiago Santana caiu na área ao disputar bola com o goleiro Wilson e pediu pênalti, mas novamente Emerson Sobral mandou o jogo seguir de forma acertada.

Ao colocar um atacante no lugar de um lateral esquerdo no intervalo, Argel deu sinais de que o Figueirense voltaria a campo após o intervalo para buscar a vitória. Apesar de povoar mais o campo de ataque com três homens de frente, os donos da casa não foram efetivos para cristalizar o domínio na posse de bola em gols.

Querendo evitar a derrota a qualquer custo, Ney Franco esclareceu a proposta do Coritiba. Defender com firmeza para tentar aproveitar os contragolpes. Bem armado para trás do meio-campo, o Coxa dificultou os ataques do Figueirense, e o jogo passou a ficar truncado no meio de campo. Sem saber se organizar para investir nas jogadas ofensivas, o Figueirense passou a dar espaços por conta da ansiedade em fazer o gol.

Com a criação fraca, e Lucio Flavio e Marcos Aurélio sobrecarregados, o Coxa também não conseguia agredir, e perdeu a principal chance do jogo aos 37 minutos. Em contragolpe rápido, Marcos Aurélio recebeu com liberdade, invadiu a área livre de marcação e chutou cruzado, mas a bola raspou a trave de Alex e saiu pela linha de fundo.

Nos minutos finais da partida, o Figueirense buscou, de forma desesperada, permanecer no ataque para tentar o gol. O Coritiba, por sua vez, sempre que dominava a bola preferia tocar de lado e deixar o tempo passar para confirmar o ponto fora de casa. O baixo potencial técnico das equipes também determinou o empate sem gols, já que nas poucas chances criadas, as equipes não conseguiram aproveitar.