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De descartado a exaltado

Com dois gols em duas partidas depois de jejum de 388 dias sem balançar as redes, Jô volta a ganhar prestígio no Atlético. Levir inclui o atacante entre as armas alvinegras

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Que Lucas Pratto é titular absoluto do Atlético não se discute. Mas o técnico Levir Culpi tem cada vez mais a certeza de que pode contar com Jô quando o argentino não tiver condições de jogo ou quiser mudar um pouco as características ofensivas da equipe.

No empate por 2 a 2 com o Palmeiras, na noite de sábado, pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro, o jogador, autor do gol do título mineiro contra a Caldense, voltou a deixar sua marca. Com isso, foram dois gols na mesma semana, o que não ocorria desde fevereiro de 2014, quando marcou nos 3 a 2 sobre o América, pelo Estadual, e nos 2 a 1 sobre o Independiente Santa Fe-COL, pela Copa Libertadores.

O treinador diz que Jô não estava fora de seus planos, mas fica claro que o jogador, bastante questionado pelo longo jejum sem marcar, vai ganhando moral a cada vez que balança a rede. “Para mim, ele nunca deixou de ser importante, isso é bom que se frise. Há seis meses (na verdade, 11), estava na Seleção Brasileira disputando uma Copa do Mundo. Depois não servia mais? Não pode ser assim. Ele está sendo muito útil, jogou com muita força física. Contamos com o Jô”, disse Levir, ainda no estádio.

O próprio jogador acredita que a boa fase está mesmo de volta depois de ficar 388 dias sem marcar e ainda ser afastado pela diretoria por indisciplina. Para ele, quem ganha com isso é o Atlético. “Acho que as coisas estão voltando a se encaixar. Jogamos bem, de acordo com nossa proposta, marcando bem e saindo no contra-ataque. Tivemos a chance de matar o jogo, mas não conseguimos. Assim, o empate foi um bom resultado. Jogar contra o Palmeiras em São Paulo não é fácil, mas temos um grupo bom, não sabemos se voltaremos a jogar com esse time, mas estivemos muito bem”, comentou Jô, referindo-se ao fato de o Galo ter atuado com uma equipe reserva – dos titulares, apenas o goleiro Victor começou jogando.

Ele lamentou principalmente o comportamento do time diante da pressão palmeirense, já que o alvinegro vencia até o último minuto e levou o empate praticamente no lance final da partida. “Faltou um pouquinho de maturidade, de saber segurar. E foi um exagero da arbitragem os cinco minutos de acréscimos. Logo no começo do Brasileirão estão atrapalhando.”

VIAGEM
Os jogadores tiveram folga ontem e se reapresentam hoje à tarde na Cidade do Galo. À noite, viajam para Porto Alegre, onde treinam amanhã, no Beira-Rio, local da partida de volta das oitavas de final da Copa Libertadores, contra o Internacional, quarta-feira, às 22h.

Com os titulares poupados do compromisso pelo Brasileiro, Levir Culpi vai poder escalar força máxima. Como ficou no 2 a 2 no jogo de ida, semana passada, no Independência, o Galo precisa da vitória para se classificar, ou empatar a partir de três gols. Se depender de Jô, força ofensiva não vai faltar.

Quem vive a expectativa de começar jogando na quarta-feira é o armador Giovanni Augusto, que vem entrando bem nas partidas. “Estou tentando aproveitar ao máximo as oportunidades. Contra o Palmeiras pude ajudar, mas vamos ver como será na quarta-feira. Sabemos das dificuldades, mas esperamos fazer um bom jogo”, diz.