Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE) não se convenceu dos valores apresentados pela Arena
Órgão promete ampla investigação e espera em 60/90 dias chegar ao custo real da obra
[SAIBAMAIS]Para o conselheiro Dirceu Rodolfo, a fase de esperar pela colaboração dos envolvidos no contrato de concessão da Parceria Público-Privada (PPP) chegou ao fim. Agora, o TCE-PE vai mobilizar seu corpo técnico para ir a campo, literalmente, a fim de dirimir as dúvidas que seguem latentes. “Não é possível que seja o mesmo valor do contrato”, confessa o conselheiro. “Vamos comparar todos os documentos, plantas e planilhas apresentados e verificar, in loco, o que foi efetivamente imobilizado - feito - na Arena”, prometeu.
De acordo com o conselheiro, caso seja necessário, o TCE não descarta fazer até um levantamento topográfico na Arena Pernambuco. Bem como deve visitar outras arenas pelo país, no intuito de comparar as praças esportivas, a qualidade do material e da tecnologia aplicados, para saber se o custo do estádio pernambucano ficou dentro do preço adotado pelo mercado ou se houve sobrepreço. Em paralelo, o órgão vai notificar a Projetec, empresa que foi contratada pelo Governo do Estado como consultoria e fiscalização da obra. Dirceu Rodolfo espera que a empresa tenha relatórios e análises que contribuam a elucidar os custos.
O prazo dado pelo TCE para a conclusão dos estudos é de 60 a 90 dias. Após a análise do corpo técnico da entidade, vai se passar à fase do contraditório, em que é aberto o espaço à defesa dos investigados. Caso se conclua que houve sobrepreço, após o período de defesa, o TCE pode determinar o pagamento de multa, a devolução do dinheiro pago indevidamente e, por fim, a readequação do contrato da PPP.