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No palco do tetracampeonato, Brasil desafia realidade difícil em estreia na Copa América

Time de Dunga começa a competição encarando o Equador, neste sábado

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A Seleção Brasileira estreia neste sábado na Copa América Centenário enfrentando o Equador no Rose Bowl, estádio que traz boas recordações para três integrantes da comissão técnica do time nacional. Foi lá que Dunga, Gilmar Rinaldi e Taffarel comemoraram o título mundial em 1994. O técnico e o preparador de goleiros também estavam no Rose Bowl dez anos antes, quando a Seleção conquistou a primeira medalha no futebol masculino em uma Olimpíada, uma prata.

O Brasil atual entra em campo neste sábado, às 23h de Brasília, em circunstância bem diferente das anteriores. Dunga chega à estreia sem a rigor ter conseguido montar o time, em parte por causa de problemas inesperados, como as contusões e o pedido de dispensa de Luiz Gustavo. Foram seis baixas. Alguns erros na convocação também foram cometidos. E a estrela principal, Neymar não está com a companhia.

O fato é que Dunga chega à Copa América vulnerável no cargo. Uma eliminação prematura forçaria uma posição do presidente da CBF, Marco Polo del Nero, que deu um voto de confiança ao treinador pelo menos até os Jogos Olímpicos. Mas o técnico espera que os bons fluidos do passado o ajudem a estrear bem contra a seleção considerada a mais difícil do Grupo B (os equatorianos são vice-líderes das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa de 2018, com os mesmos 13 pontos do líder Uruguai).

O treinador tem evidentemente boas recordações do Rose Bowl. “Lembro de muitas coisas”, disse Dunga, em entrevista logo que chegou aos EUA. Sobretudo da decisão por pênaltis em 1994 - ele foi um dos cobradores pelo Brasil e converteu seu chute. “É você contra o mundo, o planeta inteiro te assistindo e você não pode pedir ajuda de ninguém.”

Ele tem usado a coincidência de estrear no palco da consagração do tetra como argumento motivador para os jogadores. “Ele falou da importância da conquista, disse que foi um marco importante na carreira e um fato que ficou para sempre na lembrança. Falou da emoção enorme de voltar onde tudo aconteceu”, revelou o lateral-esquerdo Douglas Santos.

Emoção que Taffarel não sabe se irá contagiá-lo. “Não vejo como nada de especial voltar ao Rose Bowl”, disse o ex-jogador à reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. “Vai ser legal, claro mas a situação, a realidade é outra. É bom voltar lá, rever o lugar, mas não sei. Só na hora pra saber se vai emocionar.”

Já Gilmar não escondeu estar ansioso. Sua filha mora em Pasadena e ele passou algumas vezes pelo estádio. Agora, estará lá dentro de novo. “Vai ser bem legal voltar lá.”

PROBLEMAS

Longe de poder escalar o time que considera ideal, Dunga espera que o Brasil valorize a posse de bola e use a velocidade para transpor a defesa equatoriana. Com problemas musculares, Miranda não deve jogar e Marquinhos será o substituto - Daniel Alves é o favorito a ser capitão. No meio de campo, Casemiro começa como titular para proteger o setor defensivo e dar qualidade na saída de bola. Já Jonas está confirmado no comando do ataque.

EQUADOR

Pelo lado do Equador, o técnico Gustavo Quinteros acredita que sua equipe tem todo o direito de sonhar com uma estreia vitoriosa. “Sabemos que enfrentar a Seleção Brasileira nunca é fácil, mas nos credenciamos a conquistar um bom resultado pelo bom trabalho que estamos realizando nas Eliminatórias”, analisou o treinador argentino.

Os principais destaques do selecionado equatoriano são o meia Enner Valencia, do West Ham, da Inglaterra, e o atacante Miller Bolaños, do Grêmio. Outros conhecidos dos brasileiros são o zagueiro Erazo, ex-Grêmio e atualmente no Atlético, e o meia Cazares, outro que também veste a camisa atleticana.

BRASIL X EQUADOR


BRASIL
Alisson; Daniel Alves, Gil, Miranda (Marquinhos) e Filipe Luís; Casemiro, Elias, Renato Augusto, Philippe Coutinho e Willian; Jonas
Técnico: Dunga


EQUADOR
Alexander Domínguez; Juan Carlos Paredes, Gabriel Achilier, Frikson Erazo e Walter Ayoví; Christian Ramírez, Ángel Mena, Cristhian Noboa, Jefferson Montero e Enner Valencia; Miller Bolaños
Técnico: Gustavo Quinteros

Local: Estádio Rose Bowl, em Pasadena, nos Estados Unidos
Horário: 23 horas (de Brasília)
Árbitro: Julio Bascuñán (Chile)
Assistentes: Carlos Astroza e Christian Schiemann, ambos do Chile


Veja o histórico do confronto:

Brasil 5 x 1 Equador – 31/1/1942 Copa América
Brasil 9 x 2 Equador – 21/2/1945 Copa América
Brasil 9 x 1 Equador – 3/4/1949 Copa América
Brasil 2 x 0 Equador – 12/3/1953 Copa América
Brasil 7 x 1 Equador – 21/3/1957 Copa América
Brasil 3 x 1 Equador – 19/12/1959 Copa América
Brasil 2 x 1 Equador – 27/12/1959 Amistoso
Brasil 2 x 2 Equador – 27/3/1963 Copa América
Brasil 6 x 0 Equador – 14/2/1981 Amistoso
Brasil 1 x 0 Equador – 17/8/1983 Copa América
Brasil 5 x 0 Equador – 1/9/1983 Copa América
Brasil 4 x 1 Equador – 21/6/1987 Amistoso
Brasil 1 x 0 Equador – 15/3/1989 Amistoso
Brasil 3 x 1 Equador – 15/7/1991 Copa América
Equador 0 x 0 Brasil – 18/7/1993 Eliminatórias da Copa
Brasil 2 x 0 Equador – 22/8/1993 Eliminatórias da Copa
Brasil 1 x 0 Equador – 7/7/1995 Copa América
Brasil 4 x 2 Equador – 10/9/1997 Amistoso
Brasil 5 x 1 Equador – 14/10/1998 Amistoso
Brasil 3 x 2 Equador – 26/4/2000 Eliminatórias da Copa
Equador 1 x 0 Brasil – 28/3/2001 Eliminatórias da Copa
Brasil 1 x 0 Equador – 10/9/2003 Eliminatórias da Copa
Equador 1 x 0 Brasil – 9/4/2005 Eliminatórias da Copa
Brasil 2 x 1 Equador – 10/10/2006 Amistoso
Brasil 1 x 0 Equador – 4/7/2007 Copa América
Brasil 5 x 0 Equador – 17/10/2007 Eliminatórias da Copa
Equador 1 x 1 Brasil – 29/3/2009 Eliminatórias da Copa
Brasil 4 x 2 Equador – 13/07/2011 Copa América
Brasil 1 x 0 Equador – 09/09/2014 – Amistoso


Veja a ficha do último confronto:
BRASIL 1 X 0 EQUADOR

Local: Estádio Metlife, em Nova Jérsei (Estados Unidos)
Data: 9 de setembro de 2014 (Terça-feira)
Árbitro: Edvin Surisevic (Estados Unidos)
Assistentes: Frank Anderson (Estados Unidos) e Peter Manikowski (Estados Unidos)
Cartão amarelo: Erazo (Equador)
Gols:
BRASIL: Willian aos 30 minutos do 1º Tempo

BRASIL: Jéfferson, Danilo (Gil), Miranda, Marquinhos e Filipe Luís; Luiz Gustavo (Fernandinho), Ramires (Elias), Willian (Ricardo Goulart) e Oscar (Éverton Ribeiro); Neymar e Diego Tardelli (Philippe Coutinho)
Técnico: Dunga

EQUADOR: Domínguez, Paredes, Cangá, Erazo e Ayoví; Castillo, Ibarra (Martínez), Sornoza (Rojas) e Noboa; Cazares (Angulo) e Valencia
Técnico: Sixto Vizuete