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Ex-secretário-geral da Uefa levanta dúvidas sobre validade de 'álibi' de Michel Platini

Alemão questiona a existência de um documento poderia inocentar o dirigente

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Nesta segunda-feira, em entrevista para a AFP, o alemão Gerhard Aigner, que trabalhou como secretário-geral da Uefa durante a década de 90, questionou fortemente a existência de um documento que apresenta explicações sobre o pagamento que Joseph Blatter fez para Michel Platini, pelos serviços de assessoria prestados pelo francês.

“Platini não era membro do comitê executivo da Uefa na época, então porque a Uefa se interessaria em assuntos privados dele?”, disparou Aigner, atualmente com 72 anos de idade.

O ex-dirigente tem seu nome ligado aos representantes da entidade que receberam a nota interna informando sobre o pagamento feito a Platini, que foi divulgada durante uma reunião do Comitê Executivo, em 12 de novembro de 1998, segundo informou o jornal francês Journal du Dimanche.

O documento explica que Joseph Blatter fez um anúncio revelando que Platini seria diretor de esportes da Fifa futuramente, e teria vencimentos por volta de 1 milhão de francos suíços.

Apesar da nota que serviria como álibi ao ex-jogador, a Comissão de Ética da Fifa afastou Platini por 90 dias de suas atividades ligadas ao futebol como o presidente da Uefa nos dias atuais.

Platini precisou depor frente a justiça suíça em relação ao pagamento suspeito de 2 milhões de francos suíços que recebeu em 2011 de Joseph Blatter. Em sua defesa, o advogado do dirigente argumenta que a existência da nota interna de 1998 explica que o pagamento recebido pelo francês ocorreu em decorrência de um trabalho que foi feito.

“A nota interna da Uefa é a prova de um contrato oral. Este documento confirma não apenas a existência de um contrato de trabalho entre Michel Platini e a Fifa em 1998, mas também o montante da remuneração”, pontuou o advogado Thibaud d’Alès.