Pivô com duas Olimpíadas no currículo é trunfo do Vizinhança contra o Maranhão

Só a altura não faz de Fran a maior jogadora do Vizinhança — ao menos, até agora. A pivô de 1,88m, contratada pela equipe para a temporada 2014/2015 da Liga de Basquete Feminino (LBF), chegou a Brasília com muita responsabilidade. No currículo, duas Olimpíadas (Pequim e Londres) e um título da Copa América com a Seleção Brasileira. Franciele Aparecida do Nascimento estará em quadra nesta quarta-feira (15/1), às 20h, contra o Maranhão, no Clube Vizinhança (180/109 Sul). O desejo é conduzir o time brasiliense à segunda vitória em quatro jogos.

A contratação de Fran contrasta com a campanha da temporada 2013/2014 do Vizinhança: o clube terminou o torneio sem vitória. A pivô, contudo, foi vice-campeã da LBF pelo Sport. A equipe candanga cogitou não disputar a liga desta vez, mas tocou o projeto adiante. Vieram também os reforços Ariani (ex-Ourinhos), Cacá (ex-São José) e Micaela (ex-Maranhão). Atualmente, as brasilienses ocupam a lanterna, na nona posição. O Maranhão está em sexto lugar.

[SAIBAMAIS]Aos 27 anos, Franciele foi cestinha em duas das três partidas disputadas nesta edição, inclusive na primeira vitória da história do Vizinhança na LBF, em 15 de dezembro, contra o Basquete Jaraguá. A paranaense de Jacarezinho é a sexta melhor pontuadora da liga, com média de 18,3 pontos por jogo, além de registrar índice de 8,7 rebotes por confronto (oitava nesse ranking). “Mas tem muito campeonato ainda”, ameniza, rindo.

Em Brasília, Fran se sente mais importante. Esse foi o principal motivo para a pivô topar a proposta do Vizinhança. Depois dos Jogos de Pequim (2008), ela foi campeã da Copa América no ano seguinte com a Seleção Brasileira. Em 2012, estava com o elenco nas Olimpíadas de Londres. Antes do torneio, deixou a Espanha para jogar pelo Sport, um dos melhores times brasileiros. No primeiro ano em Recife, sagrou- se campeã brasileira. Em seguida, perdeu a final para Americana.

Alheia aos números

Em 2014, porém, a Seleção não fez parte da vida de Franciele, ausente do título sul-americano de 2014. A frustração por esperar uma convocação que não veio mudou a cabeça dela. “Agora, não penso em Seleção. Eu não soube aproveitar minha oportunidade”, lamenta. Enquanto atleta do Sport, ela esteve menos tempo em quadra do que gostaria. “Ser jogadora do Vizinhança exige mais, tem muitas jogadoras renomadas. Não que eu não fizesse diferença, mas era menos notada. Aqui, eu me sinto importante, sinto que o time precisa de mim”, comemora.

A paranaense, no entanto, não gosta de ver seus números pós-jogo. Estatísticas não estão entre as preocupações de Fran, mesmo que a atleta figure entre as primeiras. A pivô quer saber apenas da adversária que deve marcar durante uma partida. “Se ela for muito bem, de que adiantam meus números?”, pondera.

Programe-se

Liga de Basquete Feminino (4ª rodada)
Vizinhança x Maranhão
Horário: 20h
Local: Clube Vizinhança (108/109 Sul)
Ingressos: entrada gratuita